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Em Minas, professores na rede estadual entram em greve por tempo indeterminado

Categoria pressiona o governador Romeu Zema que, ao invés do reajuste de 33,24% garantido por lei, propôs reajuste de 10,06%, com pagamento retroativo a janeiro

Publicado: 09 Março, 2022 - 13h07 | Última modificação: 09 Março, 2022 - 13h17

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

SindUTE-MG
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Professores e professoras da rede estadual de educação de Minas Gerais entraram em  greve por tempo indeterminado, nesta quarta-feira (9), pelo pagamento do piso do magistério de 2022 que chega a R$ 3.845,63 para uma jornada de 40 horas de trabalho. 

A categoria reivindica do governo de Romeu Zema (Novo) a aplicação do índice de 33,24% nos reajustes do piso salarial. E lembra as autoridades locais: o pagamento do piso é garantido pela Lei Federal 11.738/08, pela Constituição do Estado, por meio do artigo 201A, e pela Lei 21.710/2015, que assegura o pagamento do Piso integral para o Magistério na jornada de 24h semanais. O Piso da Educação é garantido para todas as carreiras da Educação.

Na assembleia realizada, nesta terça-feira (8) em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que aprovou a paralisação, os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pelo governo estadual, de reajuste de 10,06% para a categoria, com pagamento retroativo a janeiro e criticaram Zema por descumprir um direito legal. 

“O governo Zema descumpre um direito legal, sabe da nossa reivindicação desde o primeiro dia da gestão, em 2019, e não apresentou nenhuma política de valorização salarial para a Educação. O Piso é Lei e não vamos abrir mão!”, afirmou a a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG), Denise Romano.

Os professores da rede estadual também se posicionaram contra projeto de lei que autoriza o Governo do Estado a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A proposta está na pauta do Legislativo e o governador entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar a Assembleia a colocar o projeto em votação. 

"Somos contrários ao Regime de Recuperação Fiscal pois retira da população a contraprestação do serviço público e coloca servidores em situação de destruição por um período de nove anos. O RRF é uma destruição do Estado de Minas Gerais”, disse à imprensa local Denise Romano.

Confira calendário de luta no site do SindUTE-MG.