Escrito por: CUT-RS
Documento com resumo da pauta nacional em defesa do saneamento público foi entregue ao ex-presidente por Arilson Wünsch, do Sindiágua-RS, e Felipe Mainardi, do Fórum em Defesa da Água e do Saneamento Público
A defesa do saneamento público e as prioridades apontadas pelos trabalhadores do setor, que propõem políticas que possam ser incorporadas a um plano de governo para uma gestão nacional da água, foram os temas discutidos entre o ex-presidente Lula (PT) e dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Rio Grande do Sul (Sindiágua-RS) e representantes do Fórum em Defesa da Água e do Saneamento Público.
No encontro realizado nesta quinta-feira (2), em Porto Alegre, o presidente do Sindiágua-RS, Arilson Wünsch, e o representante do Fórum, Felipe Mainardi, entregaram a Lula um documento com um resumo da pauta nacional em defesa do saneamento público.
Eles sugeriram também ao ex-presidente a revisão de procedimentos para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico, de forma a manter o acesso universal a serviços de qualidade, seguros e sustentáveis.
Lula afirmou que estava recebendo a proposta da representação gaúcha em nome de todas as empresas públicas de saneamento do país, pois a pauta entregue contou com as contribuições da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) que abrange os trabalhadores de todo o país.
Luta pela Corsan pública
O presidente do Sindiágua-RS destacou também a luta que vem travada contra a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Ele falou sobre a resistência ao projeto entreguista do governo Eduado Leite/Ranolfo Vieira Jr. (PSDB) e a posição do sindicato de manter a empresa pública.
Arilson frisou ainda os planos de realizar uma mobilização batizada de “RS pela Água”, programada para acontecer em 28 de junho, em Porto Alegre.
Os representantes dos trabalhadores do setor solicitaram a revogação da Lei nº 14026/2020, o novo marco regulatório do saneamento. De acordo com eles, essa legislação foi aprovada às pressas em meio à pandemia e sem participação social, forçando a entrega do setor do saneamento à exploração privada, o que deve fragilizar os municípios e atingir a população mais vulnerável.
“Assim como é fundamental revisar a reforma trabalhista, recolocar os pobres no orçamento, corrigir rumos em vários setores estratégicos, revisar e adequar a nova lei do saneamento também é prioridade”, ressaltou Arilson.
O documento entregue aponta para as prioridades no abastecimento de água e esgotamento sanitário, com ênfase nas áreas com infraestrutura precária, manejo das águas pluviais frente aos desastres recentes, orientações na política de gestão dos resíduos sólidos e integração à política nacional do setor.
Com informações do BdF-RS