Escrito por: Redação CONTICOM
Medida geraria em torno de 80 mil empregos e mais recursos públicos para investimento em outras áreas estratégicas como saúde e educação. Uma Audiência Pública está programada para o dia 26 de abril
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Pernambuco, entidade conhecida como Marreta, está mobilizando a categoria e toda sociedade para uma Audiência Pública que marcará o início de uma série de ações que pretendem intensificar o diálogo social sobre a importância da retomada das obras públicas em todo o Estado. A Audiência acontecerá no próximo dia 26, na Câmara Municipal do Recife.
Em fevereiro desse ano, o Tribunal de Contas do Estado do Pernambuco apontou 1.548 obras estaduais e municipais paralisadas. O montante de obras, segundo o TCE, representava um prejuízo de 2 bilhões, caso não fossem retomadas, já que este valor já teria sido gasto pelo poder público. No total, seriam mais de 7 bilhões em contratos e projetos que foram abandonados sem benefício algum para a população.
Segundo informações do Marreta, a retomada das obras paralisadas poderia gerar mais de 80 mil postos de trabalho somente no município de Recife.
“Pretendemos envolver parlamentares municipais e estaduais nessa pauta que consideramos vital para o desenvolvimento econômico do Recife e de todo Estado de Pernambuco. A retomada das obras paralisadas não significa apenas mais emprego e renda para os trabalhadores do setor, mas reativará toda uma cadeia produtiva gerando mais recursos públicos para investimento em outras áreas estratégicas como saúde e educação, por exemplo. A construção civil movimenta um ciclo de desenvolvimento estratégico para o aquecimento da economia”, analisa Dulcilene Carneiro de Moraes, dirigente do Sindicato e coordenadora da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CONTICOM/CUT.
“Minha Casa, Minha Vida”
Um assunto que deverá permear os debates na Audiência se refere ao Programa Federal Minha Casa, Minha Vida, cujos repasses das verbas federais estão sob constantes atrasos.
Em matéria publicada no site da CONTICOM o presidente da entidade, Claudio Gomes, chama a atenção para os riscos sociais e econômicos trazidos pela inadimplência do governo sobre os pagamentos às construtoras. “Se existem irregularidades, o governo precisa apurar e corrigir, mas não pode simplesmente deixar de repassar verbas e paralisar um Programa tão estratégico tanto sob o ponto de vista social, quanto econômico, como é o Minha Casa, Minha Vida”, critica o sindicalista.