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Em Rondônia, CUT e MAB debatem a emergência climática e proteção ao meio ambiente

A roda de conversa reuniu representantes e lideranças de movimentos que defendem a causa ambiental

Publicado: 19 Setembro, 2024 - 14h41 | Última modificação: 19 Setembro, 2024 - 15h01

Escrito por: Walber Pinto | Editado por: Rosely Rocha

Reprodução MAB
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Em meio as queimadas no Cerrado que ocorrem no Brasil, a CUT Rondônia e o Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB) realizaram no último dia 12 de setembro, em Porto Velho, uma roda de conversa sobre as ‘Emergências Climáticas: entre cheias e secas’ e as questões urgentes e necessárias para proteger o meio ambiente.

O encontro debateu ainda a situação que o estado de Rondônia e a região têm passado nos últimos anos e que vem se agravando cada vez mais. Situação essa, narrada pelos participantes do evento, “apocalíptica para o meio ambiente e Amazônia, causada pelo avanço do agro na região”.

Para o secretário estadual de Meio Ambiente da CUT Rondônia, Magno Oliveira, a situação no estado tem “cooperação direta” do governo estadual de Coronel Marco Rocha (União Brasil) que, segundo o dirigente, deixa a “boiada passar” com recordes de queimadas, agrotóxicos e invasões de terras da União e preservação ambiental.

“A CUT vem debatendo sempre a política de preservação ambiental e enfrentamento para conter o avanço e destruição do meio ambiente e da Amazônia. Neste evento, discutimos sobre o seminário que vai ocorrer neste mês em Fortaleza, com estados das regiões Norte e Nordeste, visando a COP30 em Belém [Pará). Todo esse trabalho está sendo empenhado para conter a destruição do planeta e dos seres vivos”, pontuou o dirigente.

A roda de conversa na CUT Rondônia reuniu representantes e lideranças de movimentos que defendem a causa ambiental. Entre eles: Amanda Michalski, Ouvidora-Geral Externa da DPE-RO; Elivar Karitiana, liderança indígena; Magno Oliveira, secretário de Meio Ambiente da CUT-RO; ⁠Francisco Kelvim, da coordenação nacional do MAB, entre outros.

Fogo na floresta

Apenas neste mês de setembro, o Brasil registrou mais de 4.100 queimadas por dia. Foram 176.317 focos de registrados no ano até agora, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

As principais cidades do país são constantemente cobertas por fumaça e a população começa a temer sobre os efeitos na saúde. Nesse cenário de crise, o governo federal tem feito anúncios que sugerem confiscos de propriedades onde há ocorrências de fogo e a criação de uma autoridade climática para "combate à mudança do clima”. 

CUT em ação contra o desastre climático

A CUT Brasil está aliada aos movimentos sociais e demais entidades sindicais reivindicando uma Transição Justa, que nos leve a um modelo de desenvolvimento social e econômico no qual o trabalho e a vida estejam no centro.

Há mais de uma década que a CUT, em diálogo com a Central Sindical Internacional (CSI), e a Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), discute a Transição Justa.

Trata-se de promover um processo para uma economia de redução das emissões de gases de efeito estufa e, além de reconhecer a evidente crise climática, atuar em compromisso e pressão pela elaboração de políticas que protejam e ofereçam alternativas à classe trabalhadora diante da desertificação, grandes enchentes, poluição e ondas de calor.