Em São Paulo, 1º de maio da resistência será na Praça da República
Centrais sindicais e movimentos populares constroem ação unitária na capital
Publicado: 19 Abril, 2018 - 17h04 | Última modificação: 19 Abril, 2018 - 17h28
Escrito por: Vanessa Ramos/CUT-SP
Em 2018, o tradicional evento do 1º de Maio, Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, leva para as ruas de São Paulo a defesa da democracia, dos direitos, dos empregos, dos salários e das aposentadorias. E, alinhado aos eventos que ocorrerão em todo Brasil, traz entre os motes a luta pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ato unificado e as atrações artísticas ocorrerão na Praça da República, região central da cidade de São Paulo, a partir das 12h. Neste ano, o evento é realizado pela CUT, CTB, Intersindical e movimentos que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Entre as atrações confirmadas estão a banda Liniker e os Caramelows, que mescla black music e soul e é encabeçada pela cantora trans Liniker; a rapper Preta Rara, a sambista Leci Brandão, o grupo Mistura Popular, a ala de samba Unidos de Santa Bárbara, o compositor e intérprete de grandes escolas de samba, André Ricardo, e os cantores e intérpretes do carnaval em 2018 pela escola de samba Paraíso do Tuiuti, Grazzi Brasil e Celsinho Mody.
Presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo ressalta que o Brasil vive um momento de aprofundamento da retirada de direitos, que exige ação permanente dos movimentos sindical e sociais.
“Temos que ampliar os atos de ruas e construir greves contra as empresas que publicamente apoiaram e ainda apoiam o golpe. Sabemos a quem serve a reforma trabalhista aprovada no Brasil e tantas outras reformas como a da Previdência, que atenderá aos interesses dos banqueiros e setores que financiaram a retirada da presidenta eleita Dilma Rousseff e que agora apoiam a prisão política e arbitrária de Lula”, diz o dirigente.
Neste sentido, o 1º de maio representa a resistência popular e uma resposta da sociedade ao cenário político brasileiro, como afirma o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas.
“É a resistência contra o fascismo, a violência, a judicialização da política e contra uma imprensa que se torna cada vez mais inquisidora. A prisão política do Lula é o maior ato de repressão contra um dos mais importantes personagens de nossa história, que representa um projeto de país, de um Brasil para todos", ressaltou Vagner.
"É por isso que lutamos por sua liberdade e por eleições diretas. Garantir a vitória de Lula como presidente significa termos de volta a democracia, os direitos sociais e trabalhistas e a manutenção das empresas públicas”, concluiu.
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