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SE: servidores reforçam luta pela anulação da reforma

Diálogo alertou sobre o risco da reforma que ameaça acabar agricultura familiar

Publicado: 30 Outubro, 2017 - 10h17 | Última modificação: 31 Outubro, 2017 - 14h59

Escrito por: Iracema Corso, CUT-SE

CUT-SE
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No momento em que os servidores públicos de todo o Brasil sofrem ataques no seu direito à estabilidade no emprego, o Sindicato de Servidores Públicos de Canindé do São Francisco (SINDISERVE CANINDÉ) foi criterioso e assertivo ao elaborar a programação da 1ª Semana da Servidora e Servidor Público Canideenses, de 23 a 27 de outubro.

Além de programar atividades esportivas em benefício da saúde e bem estar dos trabalhadores sindicalizados, o SINDISERVE CANINDÉ difundiu entre os servidores o abaixo assinado pela Anulação da Reforma Trabalhista. Audiência no Ministério Público em defesa dos direitos dos Servidores, inserções no Rádio, visita corpo a corpo e entrega de material no local de trabalho foram outras ações desta semana marcada por luta e muito diálogo com a população.

A coleta de Assinaturas pela Anulação da Reforma Trabalhista aconteceu em vários momentos da 1ª Semana da Servidora e Servidor Público Canideenses.

Rosana Menezes, vice-presidente do SINDISERVE CANINDÉ, foi uma das idealizadoras da semana de luta junto ao presidente Emanoel Aleixo e o dirigente Adailton Souza. “A Reforma Trabalhista só traz vantagem pro patrão. O fim da estabilidade do servidor público é algo que impulsiona diretamente a terceirização, a volta dos ‘Trens da Alegria’, movidos à indicação política. A consequência deste retrocesso é a volta da perseguição política no emprego público. Nenhum trabalhador pode ser favorável, é só perda de direitos...”, contextualizou.

Rosana Menezes rebateu a cobrança por mais produtividade no serviço público denunciando proteção política de contratados, comissionados, muitos deles em cargos de chefia. Além disso, ela alertou que a falta de estabilidade gera descumprimento de direitos trabalhistas.

“Os contratados não trabalham mais do que os efetivos, eles trabalham sob ameaça constante de demissão, são praticamente trabalhadores sem direito. Pelo medo de ficar desempregado, relevam assédio, fazem hora–extra sem receber, abrem mão dos direitos trabalhistas... A população não pode cair nesse discurso de enganação. A luta pela estabilidade e por concurso público coincide com a difícil conquista da democracia no Brasil, não podemos perder o pouco que conquistamos”.

No diálogo com a população, a sindicalista também esclareceu sobre o risco da Reforma Trabalhista que ameaça acabar com a agricultura familiar. “Pagar a previdência é algo impossível para o trabalhador rural que não tem uma renda fixa. Este trabalhador vai ficar sem previdência. Não podemos ficar de braços cruzados diante deste pacote de reformas e projetos de lei para acabar com o Brasil”.

A 1ª Semana da Servidora e Servidor Público Canideenses se encerra nesta sexta-feira, dia 27/10, com Aulão de Zumba às 17h30 e Torneio de Futsal às 19h no Ginásio Carlos Magalhães.