Em SP, motoristas de ônibus paralisam atividades nesta sexta
Em assembleias, trabalhadores foram alertados: o que Bolsonaro quer é atacar os direitos e acabar com a aposentadoria. Paralisação durou cerca 45 minutos
Publicado: 22 Março, 2019 - 13h24
Escrito por: Redação CUT
Motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo paralisaram atividades nas primeiras horas desta sexta-feira (22). Ao chegar às garagens, às 5h da manhã, eles participaram de atos pelo Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência e atrasaram a saída dos ônibus em 45 minutos.
Dirigentes do Sindmotoristas-SP, sindicato da categoria, foram às garagens para dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras sobre a importância de lutar contra a proposta de reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL), que acaba com o direito de aposentadoria de milhões de trabalhadores.
Nas assembleias nos locais de trabalho, dirigentes falaram para os trabalhadores que o governo quer transformar o Brasil no país “dos sem direitos”.
Presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana, afirma que o momento requer atitude firme de cada trabalhador junto com o sindicato, para intensificar a luta contra o desmonte dos direitos trabalhistas e previdenciários.
“Não se pode ter ilusões sobre esse governo”, disse o dirigente aos trabalhadores se referindo a Bolsonaro e a sua equipe econômica que só têm projetos de retirada de direitos sociais e trabalhistas.
O deputado federal e presidente licenciado do sindicato, Valdevan Noventa, também falou com os trabalhadores. Segundo ele, além da tentativa de acabar com as aposentadorias, Bolsonaro pretende flexibilizar ainda mais as leis trabalhistas.
Logo após as assembleias com o sindicato, os ônibus começaram a deixar as garagens. No total, trabalhadores de 29 garagens de ônibus de São Paulo participaram dos atos.
Segundo a SP-Trans, os horários das 561 linhas, onde circulam 3.820 ônibus, foram normalizados gradativamente ao longo da manhã desta sexta.