TO: educadores de Palmas e Aurora deflagram greve
Trabalhadores cobram diálogo e avanço nas negociações salariais
Publicado: 14 Setembro, 2017 - 17h36
Escrito por: Redação CUT com informações do Sintet (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins)
Em duas cidades do Tocantins, os trabalhadores da educação resolveram cruzar os braços para cobrar dos prefeitos condições dignas de trabalho. Em Aurora do Tocantins, a paralisação dos professores municipais começou nesta quinta (14) e seguirá por tempo indeterminado.
A categoria aponta que o prefeito, Aloilson Tavares Cardoso (PTB), o Caçula, não cumpre as promessas de valorização de campanha.
“Mais de nove meses se passaram após a posse para o segundo mandato e não há qualquer sinal de que o nosso Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) seja uma realidade nas nossas vidas”, disse o presidente do Sintet Regional de Arraias, Hélcio Coelho.
Segundo ele, ao contrário das promessas de campanha, a gestão de Caçula é marcada pela falta de transparência e total desvalorização dos profissionais efetivos do município.
Ainda segundo Coelho, além de manter os salários dos professores efetivos defasados, a gestão de Caçula mantém um grande numero de contratos dentro das escolas, inchando a Folha de pagamento da Educação e impedindo a valorização dos profissionais concursados.
Após intensas cobranças dos educadores, do descaso do prefeito e de várias tentativas de negociação sem sucesso, a categoria deflagrou a greve.
Na assembleia e por meio de Carta escrita à sociedade, os profissionais em educação pediram compreensão das mães e pais de alunos e ressaltaram que manterá o compromisso de repor todas as aulas não ministradas em função da greve, mantendo assim o compromisso de zelar pelos 200 dias letivos.
Greve também em Palmas
Após a ocupação da Câmara Municipal de Palmas nessa quarta-feira (13), os trabalhadores da educação municipal permanecem acampados no local. Com faixas, barracas e colchões, parte da categoria dormiu na Casa e permanece no local de forma ordeira e pacífica.
De acordo com o Presidente Regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (SINTET), Fernando Pereira, a ocupação é por tempo indeterminado. "Nós ficaremos aqui até que a gestão municipal dialogue com a categoria e uma proposta concreta seja apresentada", destacou.
Em reunião realizada na tarde de terça (12), os vereadores afirmaram ao Sintet e categoria que na próxima segunda-feira (18), uma proposta relacionada à demanda da categoria será apresentada.
Apesar do compromisso firmado pelos vereadores, os (as) trabalhadores (as) optaram pela continuidade da ocupação, uma vez que o objetivo do movimento é um acordo concreto e imediato.