Escrito por: Andre Accarini
Protestos do Dia de Luta e Mobilizações, em apoio à greve dos servidores contra a reforma Administrativa, começaram já nas primeiras horas da manhã
A quarta-feira (18) amanheceu com a resistência nas redes e nas ruas de várias cidades do país contra o projeto de destruição do Brasil, capitaneado pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), que só apresenta projetos para destruir políticas públicas essenciais para a população brasileira, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, da reforma Administrativa, principal pauta das mobilizações deste dia. Confira abaixo os atos realizados nesta manhã.
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Se aprovada, a reforma vai desmontar o serviço público em áreas como saúde e educação, e quem vai pagar a contra serão os trabalhadores mais pobres que dependem desses serviços.
Essa é a razão da greve dos servidores públicos de todas as esferas, que está sendo reforçada por todas as categorias profissionais, com atos e mobiização que colocam em pauta também reivindicações urgentes como auxílio emergencial de R$ 600, medidas contra a fome, a carestia e os preços altos que estão estrangulando o orçamento das famílias brasileiras. Também exigem celeridade na vacinação, são contra o desemprego e contra as privatizações.
No ato realizado em frente à Câmara dos Deputados, em Brasília, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, reforçou que o governo Bolsonaro promove um desmonte sem precedentes no país.
“Nunca houve nenhum momento em que o pais crescesse sem planejamento e investimento puxado pelo Estado [...] Não é à toa que que um terço da população está desempregada, ou desalentada ou tem empregos precários. É uma tragédia”, disse Sérgio Nobre.
E, para ele, a PEC 32 nada mais é do o governo de continuar desmontando direitos trabalhistas – agora para os servidores – assim como se fez na inciativa privada com a reforma Trabalhista, que o governo ainda quer aprofundar, com outra medida, a MP 1045, que cria condições para precarizar ainda mais as relações de trabalho, inclusive com salário inferior ao mínimo.
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“Estamos em praça pública para dizer que a PEC 32 é um atentado contra o Estado de Proteção Social. Estamos aqui para dizer que vamos derrotar essa proposta. [...] Se acham que vão passar a boiada, estamos aqui para dizer que vamos derrotar, em nome do povo, da renda, do emprego e de um Brasil que não tenha que conviver com a fome”, disse a deputada Erika Kokay (PT-DF), que também participou do ato na capital federal.
Organizadas pela CUT, demais centrais sindicais, sindicatos e outras entidades que defendem o serviço público, as manifestações acontecem ao longo do dia em cerca de 90 cidades. Veja aqui o mapa.
Com faixas, cartazes, carros de som, os atos foram realizados já logo nas primeiras horas. Confira alguns locais abaixo e acompanhe os atos ao longo do dia aqui
Em Brasília, as principais vias amanheceram com mensagens de protesto contra a PEC 32, que tenta destruir os serviços públicos. Ato foi realizado em frente à Câmara dos Deuptados, às 10h
@imatheusalves / @IneditaBrasil
@imatheusalves / @IneditaBrasil
Em Maceió, o ato também foi em apoio aos trabalhadores dos correios. Na capital alagaoana, outro ato foi realizado em frente à casa do deputado federal Arthur Lira, o presidente da Câmara que mantém engavetados os mais de 120 pedidos de impeachment de Bolsonaro
Em Salvador, mais de cinco mil pessoas foram às ruas nesta quarta-feira, protestar contra a PEC 32, da reforma Administrativa. As faixas e cartazes também fizeram alusão ao negacionismo de Bolsonaro no enfrentamento à pandemia. “Bolsonaro rouba, mente e mata” foi uma das frases expostas na passeata
Em Fortaleza, manifestantes mandaram o recado aos deputados federais ao som de: "não vote contra o povo, se votar não vai voltar"
em Fortaleza, manifestantes mandam recado aos deputados ao som de: "não vote contra o povo, se votar não vai voltar" #18ADiadeLuta
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Em Vitória, a concentração começou às 8h30, na Praça de Jucutuquara, com caminhada a partir das 10h até a Prefeitura Municipal para ato contra a reforma administrativa de Bolsonaro e em defesa do Serviço Público.
Em Goiânia, o ato reuniu manifestantes em frente à Assembleia Legistativa de Goiás
Ato dos servidores públicos em Goiania-GO, pelo #18ADiaDeLuta
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— CUT Brasil (@CUT_Brasil) August 18, 2021
Em Campo Grande, A concetnração para o ato aconteceu às 9h em frente à Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)
Em Campo Grande-MS, ato em frente à UFMS pelo 'Dia Nacional de luta' #18ADiaDeLuta
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Em Belém, Ato dos servidores públicos contra a Reforma Administrativa, contra as privatizações e em defesa do serviço público! #PEC32doRetrocesso #PEC32Nao #18agosto #18acontraprivatizações
Em Curitiba-PR, cartazes sendo colados pelo #18ADiadeLuta
Em Teresina, a manifestação aconteceu na Praça da Liberdade, na manhã desta quarta-feira.
Em Niterói, encontro e manifestação pelo #18ADiadeLuta, em frente ao Liceu Nilo Peçanha. Educação foi um dos temas levados ao protesto.
Em Porto Alegre, um dos atos ato foi realizado na manhã desta quarta, em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS)
Foto: Marcelo Carlini - Sintrajufe/RS
Em Porto Velho, a CUT fez um 'Pit Stop' em apoio à paralisação nacional contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, da reforma Administrativa, e em defesa dos empregos, contra a privatizações e demais pautas dos trabalhadores de todas as categorias.
Em Criciúma, lideranças sindicais estão desde cedo na Praça Nereu Ramos para dialogar com a população sobre as maldades previstas na PEC 32. Além de entregarem materiais sobre a Reforma Administrativa, foram colocadas faixas e uma mensagens numa caixa de som para pressionar os três deputados federais da região Ricardo Guidi (PSD), Geovania de Sá (PSDB) e Daniel Freitas (PSL) para votarem contra a PEC que pretende destruir o serviço público.
Sabrina Pereira (@jornallivresc )
Na capital paulista, trabalhadores da Sabesp paralisam área na Lapa, em apoio à greve dos servidores públicos e contra a privatização dos correios e à PEC 32.
Em Santo André, no ABC, após passeata, o Paço Municipal foi palco para o ato contra a reforma Administrativa.
Em Campinas, Trabalhadores da MRV, em greve há 36 dias, caminharam até o Largo do Rosário, cruzando a cidade para denunciar a intransigência patronal e a perda de direitos no governo Bolsonaro.
Em Limeira, a 140km da capital, o ato foi realizado em frente à Prefeitura da cidade
Em Santos, no litoral de SP, o ato aconteceu na Praça Mauá, no centro histórico da cidade.
Leandro Olímpio |@esquerdaonline
Leandro Olímpio |@esquerdaonline
Edição: Marize Muniz