Escrito por: Andre Accarini
Em vários locais do Brasil, CUT e centrais realizaram faixaços, carreatas, atos e ações solidárias com doações de alimentos para famílias carentes
De Norte a Sul, do Nordeste ao Centro-Oeste e passando pelo Sudeste do Brasil, a CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais se uniram neste 1° de Maio, Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, para, além de levar as pautas urgentes da classe trabalhadora às ruas, praticar solidariedade, distribuindo alimentos para famílias que ficaram sem emprego, sem renda e sem políticas públicas de apoio durante a pandemia do novo coronavírus. [Confira no final o que aconteceu em várias cidades do país].
Do outro lado, o governo genocida de Jair Bolsonaro (ex-PSL), que, usando a linguagem popular, “judia” do povo brasileiro limitando ações como o auxílio emergencial aprovado no ano passado pelo Congresso Nacional. O benefício proposto pelas centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de oposição levou um mínimo de dignidade a quase 68 milhões de trabalhadores, com uma ajuda de R$ 600, para que se mantivessem durante a pandemia.
Agora, após três meses sem qualquer auxílio, esses trabalhadores autônomos, desempregados e mães chefes de família começaram a receber benefício com valores que vão de R$ 150 a R$ 375, o que não compra nem metade de uma cesta básica. O programa ainda foi reduzido e menos pessoas vão receber. Este ano, somente 45 milhões de brasileiros terão acesso ao auxílio. Bolsonaro diz que não tem recursos, mas gastou mais de 2 milhões durante as férias para viajar par ao litoral de São Paulo e Santa Catarina.
A volta do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia é uma das pautas deste 1° de Maio.
O benefício é fundamental para que trabalhadores e trabalhadoras possam permanecer em casa, respeitando isolamento social e evitando a circulação do novo coronavírus. A pandemia já matou mais de 400 mil brasileiros – muitos deles porque tiveram de se sujeitar ao transporte lotado para trabalhar e enfrentaram falta de condições adequadas para segurança nos locais de trabalho.
De acordo com especialistas, três em cada quatro mortes poderiam ter sido evitadas se o governo Bolsonaro tivesse a responsabilidade de, desde o início da pandemia, traçar uma estratégia eficaz de combate, em especial, na aquisição de vacinas para a imunização da população. Mais de seis meses depois do início da imunização em todo o planeta, o Brasil tem hoje apenas cerca de 15% de sua população vacinada.
Se Bolsonaro não tivesse negligenciado a compra de vacinas, possivelmente estaríamos em um estágio muito mais avançado no Plano Nacional de Imunização.
No entanto, a conduta do capitão, de desdenhar da doença, naturalizar mortes e incentivar o uso de medicamentos sem eficácia comprovada e que, pelo contrário, podem trazer ainda mais problemas de saúde, jogou esses milhares de brasileiros à própria sorte, que em tempos de pandemia, é totalmente desfavorável.
Pequenas e médias empresas, também sem uma política de proteção eficaz pelo governo federal, fecham as portas, amargam a falência, e demitem trabalhadores. Não há um plano de Bolsonaro para proteger e gerar empregos. O Brasil já tem 14,4 milhões de desempregados.
Todos esses motivos colocam a classe trabalhadora em estado permanente de mobilização e luta. Além do ato virtual nacional das CUT e centrais sindicais, transmitido pelas redes sociais, por todo o país, o 1° de Maio contou com atos simbólicos, carreatas e faixaços, denunciando a realidade imposta aos trabalhadores e exigindo #ForaBolsonaro.
Em Maceió, além das pautas Democracia, Emprego, Auxílio Emergencial e Vacina para todos/as, a passeata ocupou as ruas do centro da cidade exigindo recursos do governo estadual para combater a pobreza
Em Goiânia, a CUT Goiás e sindicatos filiados exerceram solidariedade na ocupação Fidel Castro do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto (MTST). Katia Mara e Bia de Lima, presidentas do PT e da CUT em Goiás, respectivamente, participaram da ação.
Em Campo Grande, a CUT-MS realizou um faixaço levando a pauta dos trabalhadores à sociedade. “Trabalhador brasileiro só quer voltar a sonhar, ter vacina no braço e comida no prato” foi o mote da mobilização
Também em Campo Grande, foi realizada uma carreata na manhã deste sábado. O ato foi de solidariedade com arrecadação de alimentos não perecíveis e roupas destinadas a pessoas carentes.
Em Cuiabá, o ato simbólico da Central foi realizado com apenas alguns dirigentes para evitar aglomerações. Na praça Alencastro, região central da cidade, os sindicalistas entregaram máscaras de proteção contra a Covid-19 a quem passava pelo local.
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Em Curitiba as centrais sindicais realizaram uma carreata solidária neste 1º de maio. Com o mote da vacinação para todos, auxílio emergencial de R$ 600 e por mais empregos, percorreram ruas da capital paranaense neste sábado (1º).
Em Recife, CUT e centrais fizeram o 1° de Maio Solidário “Quem tem fome tem pressa!”. Alimentos foram entregues a famílias afetadas pelo péssimo desempenho econômico do país e pela pandemia.
Também em Recife, a campanha “Mãos Solidárias”, em conjunto com organizações político-culturais da sociedade civil, realizou ato simbólico com doação de alimentos da Reforma Agrária (MST), além de cestas básicas e cerca de 500 marmitas solidárias. A mobilização, que respeitou protocolos de segurança e distanciamento social, aconteceu no Armazém do Campo do Recife.
A CUT e centrais, em conjunto com a Frente Brasil Popular, foram às ruas em João Pessoa, em carreata pela defesa da vida dos brasileiros e brasileiras, por vacina, empregos, auxílio emergencial e comida na mesa. A central distribuiu cestas básicas e kits de higiene em Natal.
Aa presidenta da CUT-RN, Eliane Bandeira e Silva, também publicou mensagem falando da importância de retornar às bases sindicais para construir e dialogar uma nova política com a classe trabalhadora.
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Em Mossoró, a campanha “Conta a Fome, Pela Vida”, promovida por sindicatos filiados à CUT, entregou mais de 50 cestas básicas à população carente neste sábado.
Em Porto Alegre, o ato estadual unificado e solidário das centrais foi realizado no Largo Glênio Peres, no centro da capital gaúcha.
A CUT-Rio de Janeiro fez doações de cestas básicas na Cidade de Deus, Zona Oeste da cidade. Foi mais uma ação de solidariedade no combate à fome da população esquecida por esse governo genocida.
O presidente da CUT-Rio, Sandro Cezar, também mandou uma mensagem à classe trabalhadora, direto dos Arcos da Lapa.
Ato da CUT teve carro de som pelas ruas da capital de Rondônia. Na pauta do Dia do Trabalhador a defesa da vacina para todos, auxilio emergencial de R$ 600,00, emprego e contra a reforma Administrativa
Em Florianópolis, o ato contou com a presença de diferentes lideranças dos movimentos sociais e sindicais e organizações políticas de luta catarinenses. Além de diversas reivindicações, como a defesa da vida, vacina para todos, auxílio emergencial digno, emprego decente, defesa dos serviços públicos e Fora Bolsonaro, a luta contra a privatização dos portos de SC também entrou na pauta. O portuário de Imbituba, Gabriel Escobar, falou sobre o tema.
Em Rio do Sul, um ato simbólico na Praça Central de Rio do Sul marcou a luta em defesa da vida no Dia Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores. A mobilização, organizada pelo Fórum das Entidades do Campo e da Cidade do Alto Vale do Itajaí, contou com faixas e cartazes reforçando as bandeiras deste 1° de maio: em defesa da vida, por vacina já e por Fora Bolsonaro.
A frente da Prefeitura de Joinville amanheceu enfeitada no Dia do Trabalhador. Ainda na noite da desta sexta-feira (30), lideranças da Frente Fora Bolsonaro de Joinville colocaram velas, cruzes e faixas em defesa da vida, por vacina para todos, por auxílio emergencial de R$ 600, em defesa dos serviços públicos e pelo fim do governo Bolsonaro.
Além da capital, onde foram realizados atos e carreatas, várias cidades do interior paulista realizaram atos neste 1° de Maio
No Alto Tietê, o presidente da CUT-SP Douglas Izzo participou do ato do Dia dos Trabalhadores.
Na Zona Sul, o vice-presidente da CUT-SP Luis Claudio Marcolino gravou uma mensagem aos trabalhadores
Em Aracaju, na Pça do Siqueira Campos, doações feitas por sindicalistas, trabalhadores e moradores do bairro se somaram na construção da Carreata Solidária ‘A culpa da Fome é de Bolsonaro’, organizada pelas centrais sindicais e movimentos sociais.
Só neste sábado (1°) foram arrecadados 2 mil quilos de alimentos, além da doação de roupas e itens de higiene pessoal. A Carreata Solidária partiu do bairro Siqueira Campos e foi até o Bairro América. Já receberam as doações o MTST (Trabalhadores Sem Teto), o Sindomestica/SE (Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de Sergipe) e o Centro Social Dom Távora. Ao longo da próxima semana, as doações serão entregues ao MOTU (Trabalhadores Urbanos) e à Unidas.