Escrito por: Luciana Waclawovsky, especial para a CUT

Em todo o país o sábado foi de luta e resistência

Em São Bernardo, militantes impediram saída de Lula do sindicato, em Curitiba tem concentração e acampamentos, em várias cidades manifestações por Lula Livre

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Momentos antes de o ex-presidente Lula cumprir a ordem judicial de Sérgio Moro, que determinou sua prisão na última quinta-feira (5), o Brasil se uniu para protestar contra a deliberação política proferida em conluio por um Judiciário que criminalizou o ex-presidente e julgou um homem inocente sem conseguir apresentar as provas cabíveis a uma sentença deste tamanho.

Apesar da revolta da militância e simpatizantes que reconhecem o enorme  legado de Lula, o sábado (7) foi de luta e resistência. Após a missa ecumênica em homenagem à Marisa Letícia, que hoje completaria 68 anos, e ato onde Lula discursou por quase uma hora, a militância seguiu a Vigília pela Democracia e não arredou o pé do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, onde o ex-presidente está desde quinta, recebendo apoio e solidariedade de políticos, sindicalistas, artistas e trabalhadoras e trabalhadores de todos os lugares do país.

Os militantes fizeram um cordão humano para impedir que Lula cumprisse a ordem judicial e rodearam o prédio do Sindicato, berço sindical e político do ex-presidente. Após forte resistência dos trabalhadores e trabalhadoras que não queriam deixar Lula sair, a presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, subiu no carro de som e pediu à militância que liberasse as portas e as ruas do entorno do Sindicato para que Lula possa cumprir a ordem judicial. Caso contrário, poderia se complicar com a justiça seletiva que ordenou uma prisão política sem crime nem provas, e teria prisão preventiva decretada.

“A coisa que eu mais queria era fechar esse portão e não deixar o Lula sair (...) eu sabia que isso ia acontecer porque o Lula significa muito".

Em Curitiba/PR, a militância concentrada em frente à sede da Polícia Federal aguarda a chegada de Lula, que ficará em vigília permanente até que a justiça seja feita com a liberdade do ex-presidente. 

Conforme orientação da CUT nacional, uma série de ações serão realizadas em frente à sede da PF-PR.  

Os primeiros a chegar foram os petroleiros, que estão acampados em frente ao prédio da instituição para defender a democracia e por #LulaLivre e prometem não arredar pé do local enquanto Lula não for liberado.

Já em Fortaleza/CE, o povo foi às ruas exigir justiça ao ex-presidente e a volta da democracia.

Em Brasília os militantes se reuniram na Praça dos Três Poderes para dizer que não aceitam a prisão do maior símbolo de luta da classe trabalhadora.

Apoio Internacional

Na frente da embaixada do Brasil na capital argentina Buenos Aires, centenas de militantes de partidos de esquerda prestam, desde ontem, solidariedade à Lula. Os manifestantes aproveitaram a ocasião para criticar o governo neoliberal de Maurício Macri que, assim como o governo do golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB), também está destruindo direitos conquistados pelo povo argentino.

Atos em defesa de Lula e da democracia acontecerão em todos os lugares do Brasil.

Neste domingo (8), a partir das  10h, em frente ao Copacabana Palace, militantes do Rio de Janeiro organizam manifestação pela liberdade de Lula e pela educação.

Em salvador/BA, acontecerá uma carreata pela democracia saindo de Ondina.