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Em vídeos, mulheres convidam população para atos contra Bolsonaro no dia 29

Contra fascismo, machismo, homofobia, misoginia e racismo, mulheres prometem ir às ruas neste sábado. "O nosso país vai mudar com diálogo, amor e com leis que diminuam nossa desigualdade social"

Publicado: 26 Setembro, 2018 - 09h18 | Última modificação: 26 Setembro, 2018 - 09h23

Escrito por: Redação RBA

Reprodução
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O dia de protestos contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), no próximo sábado (29), em diversas capitais, cidades do interior e de diversos países ganha cada vez mais adesões. Atrizes, cantoras e compositoras, entre elas Tereza Cristina, Bruna Linzmeyer, Daniela Mercury, Anitta, Letícia Spiller, Maria Gadú, Sophie Charlotte, Marília Mendonça, Letícia Colins e Paula Burlamarqui gravaram vídeos de apoio à hashtag #EleNão, lançada pelo movimento Mulheres Unidas contra Bolsonaro.

A expectativa é que o dia 29 seja marcado por grandes mobilizações graças à visibilidade conquistada pelo movimento, depois que, na semana retrasada, a página do movimento no Facebook foi invadida e tirada do ar por defensores do candidato.

"Não quero para presidente um homem que seja a favor da tortura, que defenda os torturadores, que seja racista, misógino, homofóbico e classista. O nosso país vai mudar com diálogo, com amor e com leis que diminuam nossa desigualdade social. Leis que esse homem, como deputado por 27 anos, nunca fez", disse a atriz Bruna Linzmeyer.

Cantora e compositora sertaneja, Marília Mendonça também apoia a hashtag #EleNão. "A gente não precisa desse retrocesso. Sou uma mulher que batalhei dentro do sertanejo para quebrar todo o preconceito de um mercado completamente machista. Marília Mendonça é #EleNão. Quero que você repense se você precisa desse retrocesso em sua vida. Contra qualquer tipo de preconceito, a favor do amor", disse.

Por causa de sua mensagem, Marília e sua família passaram a receber ameaças, e por isso ela resolveu apagar o vídeo de seu perfil.

Há violência contra as mulheres que se posicionam contra o candidato do PSL também fora das redes sociais. Administradora do grupo Mulheres Unidas contra Bolsonaro, Maria Tuca Santiago, do Rio de Janeiro, foi agredida na noite de ontem (24) por homens armados, que deram coronhadas e socos no olho da ativista e ainda lhe roubaram o celular. Tuca registrou boletim de ocorrência.