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Embasa apresenta proposta econômica...

Publicado: 10 Julho, 2014 - 16h50

Escrito por: Sindae

O velho discurso da direção da Embasa, repetido exaustivamente desde o ano passado, sobre perdas financeiras decorrentes da seca e da aplicação de reajuste a menor do que o previsto nas tarifas desembocou na mesa de negociação na quinta-feira (3) de forma cruel: por conta dele, a empresa apresentou uma proposta econômica indecente para as cláusulas econômicas do acordo coletivo deste ano.
 
A proposta é de aplicar o INPC dos últimos 12 meses (maio de 2013 a abril de 2014), que é de 5,82%, porém dividido em duas parcelas, sendo 3,82% retroativo a maio e o restante em novembro, sem retroatividade. Ou seja, um reajuste escalonado, tal qual vem fazendo a Cerb. Nas demais cláusulas econômicas, ela propõe 5,82% retroativo a maio, de uma única vez.
 
Embora tenha sido a primeira proposta de ordem econômica, ela por si só aponta a necessidade de mobilização da categoria. Será preciso muita luta para modificá-la, até porque a categoria vai lutar para zerar a inflação do período (5,82%) e também obter ganho real de salário. Pelo discurso feito pela direção da empresa, a luta é o único caminho.
 
Uma assembleia geral está convocada para esta sexta (11), às 9 horas, no CAB. Além disso, no decorrer desta semana o Sindicato estará nos parques da empresa para discutir com a categoria o andamento da nossa campanha salarial.
 
É de ressaltar que a última reunião com a empresa foi tensa, com os diretores reproduzindo o discurso de manter as cláusulas sociais conforme o acordo coletivo em vigor, respeitado as cláusulas já negociadas. Além disso, a Embasa deixou em aberto a cláusula de rege o prazo de validade por dois anos, recuando no que havia acertado em reunião anterior.
 
Tabela salarial – Aproveitando a negociação, o Sindicato voltou a cobrar a apresentação da pesquisa sobre a tabela salarial. Os diretores da empresa na mesa de negociação disseram que a empresa contratada para fazer a pesquisa, a Deloitte, estaria entregando a mesma ainda na semana passada para ser apreciada na direção executiva da Embasa e só posteriormente ser disponibilizada ao Sindicato. O atraso na apresentação da pesquisa é algo surreal, completamente inexplicável: o acordo coletivo em vigor prevê que ela estaria concluída 180 dias após o fechamento do acordo. Já se passaram 350 dias. Cabe até uma pergunta: por tanto atraso a Deloitte está recebendo aditivos no seu contrato?