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Emprego formal e salários batem recordes no primeiro trimestre de 2025

Pesquisa do IBGE mostra que rendimento médio real registrou o maior valor da série, com ganhos em setores importantes da economia brasileira

Publicado: 28 Março, 2025 - 13h52 | Última modificação: 28 Março, 2025 - 14h00

Escrito por: Luiz R Cabral | Editado por: André Accarini

Demi Simão / Agência Brasil
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A mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad-Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (28), mostrou que, no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, o rendimento dos trabalhadores no país chegou ao recorde da série, com a média de R$ 3.378. Outro recorde foi o número de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada, que chegou a 39,6 milhões.

Já a taxa de desocupação, apesar de ter aumentado em 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, ficou 1,0 ponto percentual menor do que a verificada no mesmo período de 2024, mostrando que não houve queda no nível de emprego em relação ao ano passado.

De acordo com o IBGE, a população desocupada cresceu 10,4% em relação ao trimestre anterior. São 7,5 milhões de pessoas, no entanto, este número é 12,5% menor do que no mesmo trimestre de 2024.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “esta alta segue o padrão sazonal da PNAD contínua com a tendência de expansão da busca por trabalho nos meses do primeiro trimestre de cada ano”.

Os números

  • Renda média atinge pico histórico: R$ 3.378, com alta de 3,6% no ano.
  • Emprego formal bate recorde: 39,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
  • Desocupação: aumento sazonal de 0,7 ponto percentual em relação ao período anterior, comum no início do ano.

Formalização avança

O emprego com carteira no setor privado cresceu 1,1% no trimestre e 4,1% no ano, atingindo o maior patamar desde 2012. 

 Outros destaques

  • Trabalho sem carteira recuou 6% (ficando em 13,5 milhões).
  • Setor público emprega 12,4 milhões (alta anual de 2,8%).
  • Autônomos ficaram estáveis no trimestre e subiram 1,7% no ano (25,9 milhões);
  • taxa de informalidade caiu para 38,1% (39,1 milhões de trabalhadores)

Salários em alta: indústria e serviços puxam crescimento

O rendimento médio real registrou o maior valor da série, com ganhos em setores-chave:

  • Indústria (+2,8%): acréscimo de R$ 89.
  • Administração pública (+3,1%)R$ 139 a mais.
  • Serviços domésticos (+2,3%): aumento de R$ 29.

Na comparação anual, construção (+5,4%) e serviços domésticos (+3,1%) lideraram os avanços. A massa salarial total atingiu R$ 342 bilhões, outro recorde, com crescimento de 6,2% em 12 meses.

IBGEIBGE

A pesquisa

A PNAD Contínua é a principal pesquisa para monitoramento da força de trabalho no Brasil. A cada trimestre, o levantamento abrange 211 mil domicílios em todo o país, com a participação de cerca de dois mil entrevistadores distribuídos em 26 estados e no Distrito Federal. A coleta de dados ocorre por meio de uma ampla rede que inclui mais de 500 agências do IBGE.

Durante a pandemia de Covid-19, o IBGE adaptou a metodologia de coleta, passando a realizar entrevistas por telefone a partir de março de 2020. Em julho de 2021, o trabalho presencial foi retomado. Para garantir a segurança das informações, os entrevistados podem confirmar a identidade dos pesquisadores pelo site "Respondendo ao IBGE" ou pela Central de Atendimento (0800 721 8181), utilizando matrícula, RG ou CPF dos profissionais responsáveis pela coleta.

Consulte os dados da PNAD no Sidra.