Escrito por: CUT-RO

Empresa Energia Sustentável dificulta diálogo com Sticcero

Sindicato busca estabelecer negociações sobre direitos de terceirizados da Usina de Jirau

Em resposta às solicitações do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil (Sticcero) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para estabelecer negociações visando tratar de desrespeito aos direitos dos funcionários das empresas terceirizadas que atuam no canteiro de obra da Usina de Jirau, a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), através do ofício JL/ML-211-2005, datado de 11 de janeiro 2015, foi evasiva e não aceitou a proposta apresentada pelo sindicato de uma reunião nesta sexta-feira (13).

A ESBR alega que o Sindicato teria solicitado discutir a situação de diversas empresas do canteiro de obras da UHE Jirau; entretanto, considerando a quantidade de empresas que atuam na qualidade de subcontratadas (terceirizadas), “faz se necessário que o sindicato especifique quais as empresas serão tratadas nesta reunião, assim como identifique as supostas ações tomadas por cada uma delas”.

Tanto o Sticcero, quanto a CUT, consideram esta solicitação despropositada, já que as entidades denunciam que todas as empresas terceirizadas contratadas diretamente pela Energia Sustentável estão descumprindo o acordo coletivo válido para os canteiros de obras das usinas de Jirau e Santo Antônio, estando assim definidos desta forma quais são as empresas e quais os problemas. Além disso, foi denunciado que tal situação só passou a ocorrer após a Camargo Correa, que antes contratava esse tipo de empresa, ter abandonado a obra.

As entidades sindicais consideram desrespeitosa a afirmação da Energia Sustentável de que a “ESBR destaca que as informações acima são de fundamental importância para avaliação por esta Companhia da pertinência da reunião solicitada”; ou seja, negociações só ocorrerão se a ESBR julgar conveniente. “Essa postura, de recusar até mesmo a estabelecer o diálogo, é injustificável e tende gerar impasses e conflito”, alerta Itamar Ferreira, presidente da CUT.

O presidente do Sticcero, Raimundo Soares, o Toco, denuncia que "dentre os direitos previstos no acordo coletivo que não estão sendo cumpridos pelas empresas terceirizadas se destacam a questão dos pisos salariais: de ajudante R$ 1.096,31, meio-oficial R$ 1.180,64, oficial (pedreiro,etc.) R$ 1.517,97; além de benefícios como vale alimentação R$ 390,00; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de33 horas/mês, que corresponde a quase dois salários no ano; plano de Saúde UNIMED e 'baixada' (visita à família) a cada três meses com passagem paga pelas empresas".