Escrito por: Denise Veiga, especial para o Portal CUT

Encontro de Lula com a família não tem tristeza, só tem esperança, diz Lurian

Primogênita do ex-presidente conta como são as visitas e a emoção do encontro de Lula com uma bisneta de um ano

Denise Veiga

O Acampamento Marisa Letícia recebeu a visita da filha mais velha do ex-presidente Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva, 44 anos. Assim como o pai, ela é uma sobrevivente, uma lutadora. Hoje, a luta de Lurian é pela liberdade deste que desde sempre é o seu amigo, seu herói. É pelo direito dele ser candidato a presidente nas eleições deste ano. Na juventude, ela encarou sem medo uma luta enorme e muito parecida. Em 1989, foram disseminados boatos cruéis que envolviam a jovem Lurian com o objetivo de prejudicar Lula na campanha para presidente.

Em conversa com a reportagem do Portal CUT, Lurian falou sobre as visitas semanais que a família vem fazendo ao ex-presidente, desde o dia 7 de abril, quando Lula decidiu cumprir a ordem judicial e foi encaminhado à sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde está sendo mantido como preso político.

Segundo ela, os encontros não têm nada de tristeza. O que a família quer é descontrair o ambiente, falar de coisas positivas.

“Levamos as energias positivas, em especial as que os acampados enviam para ele daqui de fora. Nada de tristeza. Procuramos descontraí-lo o máximo”, disse Lurian.

Ela disse, ainda, que os filhos e netos de Lula contam a ele sobre as milhares de manifestações de carinho que recebem e procuram tornar o ambiente mais afetuoso, quebrando o gelo das quatro paredes.

E na semana passada, conta, uma bisneta de um ano do presidente Lula foi visitá-lo e o encontro foi cheio de afeto, emoção e carinho. A família, diz, ela “apesar da indignação contra essa prisão injusta e política, ainda tem muita esperança” de que Lula seja libertado rapidamente.

Lurian encerra a entrevista fazendo um pedido ao povo brasileiro que está na luta por #LulaLivre: “Não desistam! Nós precisamos dessa resistência, nas ruas, nas escolas, nos ônibus, nos aeroportos, onde vocês estiverem manifestem sua indignação pela prisão de um inocente”.