Entidades repudiam ataques da Folha à proposta da Conae de financiamento da educação

Em documento assinado por 30 entidades, entre elas, a CUT, a Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (Fineduca), repudia os ataques do jornal Folha de São Paulo à proposta de meta de 10% do PIB para o financiamento de um novo Plano Nacional de Educação (PNE), para o período 2024-2034, apresentada pela Conferência Nacional de Educação (Conae-2024).

Em editorial, o jornal afirmou que a proposta é “farsesca” e que o dispêndio atual “é compatível com o padrão global, seja entre países desenvolvidos, seja entre emergentes”. Na verdade, na comparação entre países diferentes: no ano de 2020, o valor médio de outros países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), foi em torno de US$ 11.000 nas diversas etapas da educação básica, enquanto no Brasil, esse valor ficou, em 2018, em torno de US$ 3.300,00, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Verifica-se, portanto, que os valores do Brasil significam em torno de 30% daqueles países do bloco OCDE.

A Fineduca, que é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos ou econômicos, diz que os editorialistas do jornal não leram o Documento Base da Conae – 2024, pois não teriam visto de onde “sairiam tais recursos”. A entidade diz ainda que faltou ao jornal “uma leitura atenta do Documento Base da Conae 2024 que mostra mostraria as possíveis fontes da riqueza brasileira – além dos impostos”.

“O Brasil possui riqueza para realizar a aplicação de valores equivalentes a 10% do PIB em educação pública e a Nota Técnica da Fineduca: “O Financiamento do PNE (2024-2034): é chegada a hora de priorizar a Educação no processo de desenvolvimento social e econômico do Brasil”, explicita em detalhes todas as fontes de recursos.

Leia aqui a íntegra do documento.