Escrito por: Redação CUT
Bancada da oposição derruba, mais uma vez, a aprovação do projeto, também chamado de Lei da Mordaça porque impede que professores debatam temas políticos, religiosos e morais por um suposto viés esquerdista
Apesar da pressão da futura base aliada do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), formada por deputados de extrema direita eleitos este ano, como Alexandre Frota (PSL-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP), mais uma vez, a oposição conseguiu impedir a aprovação do Projeto de Lei (PL) 7.180/2014, conhecido também como "Escola Sem Partido" ou “Lei da Mordaça”.
Movimentos sociais organizados, professores, estudantes, trabalhadores da educação e parlamentares progressistas conseguiram esvaziar a audiência. Com a falta de quórum, que atrasou os trabalhos em uma hora e meia, a comissão especial formada para analisar a proposta que é criticada por impor a censura dentro das salas de aulas, teve de adiar novamente a apreciação do PL .
Ao repórter Uélson Kalinovski, do Seu Jornal, da TVT, o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ), explicou que a expectativa dos parlamentares contrários à Lei da Mordaça é que a proposta seja barrada ainda pela comissão e que, caso o PL seja aprovado, há um recurso para levar a matéria ainda ao Plenário da Câmara.
"Aí eu quero ver quem são os deputados que querem ficar carimbados como quem quer criminalizar professores", afirmou Braga.
"O que eles querem é professores com medo do que vão dizer nas salas de aula, porque, quando eles têm professores com medo, eles fazem com que estudantes sejam robôs", acrescentou.
Assista à reportagem na íntegra: