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Está tudo caro e a culpa é de Bolsonaro. Veja por quê e confira as 30 maiores altas

Preço da cenoura subiu quase 200%. O do tomate passou a marca dos 100%. A culpa é de Bolsonaro, diz o povo nas ruas e nas redes em uma crítica ao desgoverno. E o povo tem razão. Saiba por quê

Publicado: 28 Abril, 2022 - 12h24 | Última modificação: 04 Maio, 2022 - 14h50

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Gustavo Marinho/Divulgação
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A lista dos 10, 30 ou 50 itens básicos, imprescindíveis para uma família viver com dignidade, ocupa cada vez mais espaços nos jornais e redes sociais desde que a inflação começou a disparar e virou o assunto que mais preocupa os brasileiros. (Confira abaixo a lista dos 30 produtos que mais subiram em 12 meses).

“Tá tudo caro, a culpa é de Bolsonaro“, diz o povo nas ruas e nas redes em uma crítica ao desgoverno que, em três anos e cinco meses só desfez o que funcionava e não apresentou sequer uma política pública consistente de geração de emprego e renda e segudança alimentar. E o povo tem razão.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), que trabalha menos de cinco horas por dia, usa o pouco tempo de labuta para confrontar o Poder Judiciário, xingar ministros do Superior Tribunal de Justiça (STF), colocar sob suspeita as urnas eletrônicas e, mais recentemente, conceder a graça, perdão por um crime contra à democracia cometido por seu aliado, o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

Quando sobra tempo, ele não trata dos temas mais caros à população, muito pelo contrário, destrói o que pode. O governo Bolsonaro enterrou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e desmontou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estratégicos para garantir a alimentação saudável e evitar o processo de insegurança alimentar no país; além de cortar crédito, abandonar os pequenos agricultores e nada fazer para compensar as perdas com as enchentes e secas que assolaram o Nordeste e o Sul do país.

Leia mais: Seca, chuvas e falta de políticas do governo Bolsonaro colocam em risco a agricultura familiar

Bolsonaro ‘enterra’ programa de compra de alimentos

E mais, grande parte da alta dos preços é reflexo dos aumentos nos preços dos combustíveis determinados pela Petrobras, que adotou em 2016 a Política de Preços Internacionais (PPI) baseada nos preços dos barris de petroleo e na cotação do dólar. A política foi criada pelo ilegítimo Michel Temer (MDB) e mantida por Bolsonaro. Portanto, isso também é culpa dele.

Por causa da PPI, nos últimos 12 meses, a gasolina subiu 30,12%, o diesel 52,53%, o etanol subiu 30,55%, o gás de cozinha 32,45%, sem contar a conta de luz que subiu 30,16% e vai subir ainda mais este ano também por conta da alta dos preços dos combustiveis.

Leia mais: Preço do combustível é o maior responsável pelo próximo aumento de quase 5% na conta de luz

O resultado é que, em abril, a inflação acumulou alta de 12,03% em 12 meses – de abril de 2021 até abril deste ano e itens como cenoura (195,00%) e tomate (117,48%) chegaram perto dos 200% ou ultrapassaram a marca de 100% de reajuste no período.

A disparada da inflação, aliada a baixa geração de emprego, também consequencia da falta de investimentos públicos que deveriam ser feitos pelo governo Bolsonaro, e salários arrochados, contribuem para reduzir os itens que as famílias colocam nos carrinhos de supermercados porque não tem mais como trocar o mais caro pelo mais barato. E a lista dos itens cujos preços mais sobem fica maior a cada dia e atinge tudo, até o brócolis, que algumas crianças não querem nem ouvir falar.

Confira a lista dos produtos que mais aumentaram de abril de 2021 a abril deste ano:

 

Cenoura                                    195,00%

Tomate                                     117,48%

Abobrinha                                  86,83%

Café moído                                65,09%

Melão                                        63,26%

Repolho                                     59,38%

Melancia                                    52,64%

Óleo diesel                                 52,53%

Pimentão                                   50,18%

Transporte por aplicativo             47,47%

Morango                                    46,79%

Gás veicular                               46,26%

Alface                                        46,22%

Mamão                                      40,33%

Batara-inglesa                            38,68%

Açúcar refinado                          37,66%

Pepino                                       37,03%

Açúcar cristal                             36,33%

Gás encanado                            35,10%

Gás botijão                                32,45%

Brócolis                                     31,23%

Etanol                                       30,55%

Energia elétrica (casas)              30,16%

Gasolina                                    30,12%

Óleo de soja                              30,10%

Couve-flor                                 29,63%

Fubá de milho                            28,92%

Revista                                      27,83%

Mandioca                                   27,34%

Refrigerador                               27,21%

Confira as maiores altas registradas pelo IPCA-15 em abril:

Tomate

26,17%

Melão

23,15%

Cenoura

15,02%

Repolho

13,37%

Óleo diesel

13,11%

Leite longa vida

12,21%

Óleo de soja

11,47%

Batata-inglesa

9,86%

Brócolis

9,65%

Passagem aérea

9,43%

Couve-flor

8,71%

Gás de botijão

8,09%

Açaí

7,88%

Feijão carioca

7,79%

Pepino

7,72%

Gasolina

7,51%

Aluguel de veículo

6,75%

Morango

6,71%

Etanol

6,6%

Maçã

6,1%

Fonte: IBGE