Escrito por: Redação CUT
Preço da cenoura subiu quase 200%. O do tomate passou a marca dos 100%. A culpa é de Bolsonaro, diz o povo nas ruas e nas redes em uma crítica ao desgoverno. E o povo tem razão. Saiba por quê
A lista dos 10, 30 ou 50 itens básicos, imprescindíveis para uma família viver com dignidade, ocupa cada vez mais espaços nos jornais e redes sociais desde que a inflação começou a disparar e virou o assunto que mais preocupa os brasileiros. (Confira abaixo a lista dos 30 produtos que mais subiram em 12 meses).
“Tá tudo caro, a culpa é de Bolsonaro“, diz o povo nas ruas e nas redes em uma crítica ao desgoverno que, em três anos e cinco meses só desfez o que funcionava e não apresentou sequer uma política pública consistente de geração de emprego e renda e segudança alimentar. E o povo tem razão.
O presidente Jair Bolsonaro (PL), que trabalha menos de cinco horas por dia, usa o pouco tempo de labuta para confrontar o Poder Judiciário, xingar ministros do Superior Tribunal de Justiça (STF), colocar sob suspeita as urnas eletrônicas e, mais recentemente, conceder a graça, perdão por um crime contra à democracia cometido por seu aliado, o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).
Quando sobra tempo, ele não trata dos temas mais caros à população, muito pelo contrário, destrói o que pode. O governo Bolsonaro enterrou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e desmontou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estratégicos para garantir a alimentação saudável e evitar o processo de insegurança alimentar no país; além de cortar crédito, abandonar os pequenos agricultores e nada fazer para compensar as perdas com as enchentes e secas que assolaram o Nordeste e o Sul do país.
Bolsonaro ‘enterra’ programa de compra de alimentos
E mais, grande parte da alta dos preços é reflexo dos aumentos nos preços dos combustíveis determinados pela Petrobras, que adotou em 2016 a Política de Preços Internacionais (PPI) baseada nos preços dos barris de petroleo e na cotação do dólar. A política foi criada pelo ilegítimo Michel Temer (MDB) e mantida por Bolsonaro. Portanto, isso também é culpa dele.
Por causa da PPI, nos últimos 12 meses, a gasolina subiu 30,12%, o diesel 52,53%, o etanol subiu 30,55%, o gás de cozinha 32,45%, sem contar a conta de luz que subiu 30,16% e vai subir ainda mais este ano também por conta da alta dos preços dos combustiveis.
O resultado é que, em abril, a inflação acumulou alta de 12,03% em 12 meses – de abril de 2021 até abril deste ano e itens como cenoura (195,00%) e tomate (117,48%) chegaram perto dos 200% ou ultrapassaram a marca de 100% de reajuste no período.
A disparada da inflação, aliada a baixa geração de emprego, também consequencia da falta de investimentos públicos que deveriam ser feitos pelo governo Bolsonaro, e salários arrochados, contribuem para reduzir os itens que as famílias colocam nos carrinhos de supermercados porque não tem mais como trocar o mais caro pelo mais barato. E a lista dos itens cujos preços mais sobem fica maior a cada dia e atinge tudo, até o brócolis, que algumas crianças não querem nem ouvir falar.
Confira a lista dos produtos que mais aumentaram de abril de 2021 a abril deste ano:
Cenoura 195,00%
Tomate 117,48%
Abobrinha 86,83%
Café moído 65,09%
Melão 63,26%
Repolho 59,38%
Melancia 52,64%
Óleo diesel 52,53%
Pimentão 50,18%
Transporte por aplicativo 47,47%
Morango 46,79%
Gás veicular 46,26%
Alface 46,22%
Mamão 40,33%
Batara-inglesa 38,68%
Açúcar refinado 37,66%
Pepino 37,03%
Açúcar cristal 36,33%
Gás encanado 35,10%
Gás botijão 32,45%
Brócolis 31,23%
Etanol 30,55%
Energia elétrica (casas) 30,16%
Gasolina 30,12%
Óleo de soja 30,10%
Couve-flor 29,63%
Fubá de milho 28,92%
Revista 27,83%
Mandioca 27,34%
Refrigerador 27,21%
Confira as maiores altas registradas pelo IPCA-15 em abril:
Tomate
26,17%
Melão
23,15%
Cenoura
15,02%
Repolho
13,37%
Óleo diesel
13,11%
Leite longa vida
12,21%
Óleo de soja
11,47%
Batata-inglesa
9,86%
Brócolis
9,65%
Passagem aérea
9,43%
Couve-flor
8,71%
Gás de botijão
8,09%
Açaí
7,88%
Feijão carioca
7,79%
Pepino
7,72%
Gasolina
7,51%
Aluguel de veículo
6,75%
Morango
6,71%
Etanol
6,6%
Maçã
6,1%
Fonte: IBGE