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Eurasia Group diz que Lula tem 65% de chance de vencer as eleições, apesar da PEC 01

A consultoria afirma que o período eleitoral no país será turbulento e violento e alerta para um período de instabilidade provocada por Bolsonaro, com seus ataques às instituições, como STF, TSE e às urnas

Publicado: 19 Julho, 2022 - 14h01 | Última modificação: 19 Julho, 2022 - 18h03

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Ricardo Stuckert
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Um relatório da Eurasia Group, a maior consultoria de riscos do mundo, afirma que o ex-presidente Lula (PT) tem 65% de chance de vencer as eleições para a presidência da República este ano.

No documento enviado aos investidores estrangeiros, a empresa pontua que o presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ganhar alguns pontos nas pesquisas eleitorais por conta dos benefícios sociais, autorizados pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 001. Chamada de PEC do Desespero Eleitoral, a medida libera o governo para, apesar da proibição eleitoral de elevar gastos no periodo, aumentar o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, o valor do vale gás e ainda a criar um novo benefício para caminhoneiros e taxistas. Apesar disso, a consultoria diz que a vitória do petista ainda é a mais provável. A informação é do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

A Eurasia Group afirma ainda que o período eleitoral no país será turbulento e violento e alerta para um período de instabilidade provocada por Bolsonaro, com seus ataques às instituições, como Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e às urnas eletrônicas.

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“Os períodos de maior risco serão depois do primeiro turno (2 de outubro) e do segundo turno (30 de outubro), com a possibilidade de haver protestos e/ou ataques a prédios governamentais — uma greve dos caminhoneiros também está no radar”, diz trecho do relatório.

A companhia diz que uma ruptura democrática com endosso das Forças Armadas é improvável, mas alerta para o possível papel de policiais militares neste processo.

“Os governadores tomaram medidas para controlar as forças policiais nos últimos anos, e insubordinações diretas por oficiais parecem improváveis. Mas, em estados estratégicos, oficiais podem fechar os olhos em protestos, facilitando a escalada da violência”.

Ainda segundo o relatório, são altos os riscos para à segurança de Lula e Bolsonaro. A empresa avaliou que, diante do “cenário extremo em que um dos candidatos favoritos é morto, o escolhido para assumir o seu lugar provavelmente se beneficiaria de tal fenômeno”.