Escrito por: Leonardo Wexell Severo e Felipe Biancho, ComunicaSul, La Paz
Presidente boliviano supera os 60% e governará até 2020
Povo boliviano comemorou até altas horas em frente ao Palácio Quemado
Em meio a um mar de bandeiras do MAS (Movimento ao Socialismo), faixas de apoio (inclusive chilenas) à saída ao mar para a Bolívia e cartazes de Che Guevara, Evo frisou que a contundente participação democrática representou “um triunfo da nacionalização contra a privatização”. O movimento elegeu 24 senadores dentre 36 e 60 deputados de 130, conforme os resultados extra-oficiais divulgados pelo Tribunal Supremo Eleitoral.
Deputada Brígida Quiroga
Evo reiterou a importância das ações conjuntas com a Central Operária Boliviana (COB) e com os movimentos sociais para fazer o país avançar no caminho da justiça e do desenvolvimento, e condenou a “submissão política, ideológica e cultural” da oposição, que sempre pensa pequeno, lembrando que a direita se contrapôs à construção do satélite de comunicação TupaK Katari, pois dizia que isso era para “países desenvolvidos, como os da Europa e os Estados Unidos”.
ENERGIA NUCLEAR
“Da mesma forma, quando pensamos no investimento em energia nuclear para fins pacíficos ou em converter a Bolívia em centro energético da América do Sul, diziam que isso não era para um país como o nosso”, acrescentou.
Recém-eleita, a deputada Brígida Quiroga, do MAS, disse que a votação recebida por Evo reflete o “imenso apoio das bases ao projeto de nacionalização e industrialização, que vem revolucionando a Bolívia, empoderando o povo e redistribuindo renda”.
Presidente do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira foi observadora internacional das eleições bolivianas
“Quero parabenizar o ComunicaSul por mais esta iniciativa, por dar visibilidade à pautas com a nossa perspectiva e com o nosso olhar”, concluiu.