Escrito por: Redação CUT

Ex-comandante da PM do DF conivente com ato terrorista tem crises de choro na prisão

O coronel, que era o responsável pelo comando da tropa no dia da invasão de terroristas, está detido desde o dia 10

Divulgação/PMDF

Suspeito de conivência com golpistas bolsonaristas que vandalizaram Brasília no dia 8 de janeiro e preso desde o dia 10, o coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), tem alternado crises de choro e momentos de silêncio profundo, segundo relato do seu advogado ao repórter Gabriel Sabóia do jornal O Globo.

O coronel, que era o responsável pelo comando da tropa no dia da invasão de terroristas que destruíram os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto, está detido no Regimento de Polícia Montada de Taguatinga por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF

De acordo com pessoas que trabalham no regimento, Vieira tem se mostrado especialmente abalado após receber visitas de familiares e, em mais de uma ocasião, se negou a fazer refeições. Ele teve problema hipertensão e precisou ser atendido pela equipe médica do local em mais de uma ocasião, segundo seu advogado Thiago Turbay, que relatou o uso de medicamentos para controlar os picos de pressão provocados por crises de ansiedade frequentes.

Na audiência de custódia, Vieira afirmou que “tudo apontava para um ato pacífico” no dia 8 de janeiro, ao contrário do que informaram os órgãos de inteligência. E também o alerta feito pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, ao governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), a respeito da chegada em Brasília de “uma intensa movimentação de pessoas inconformadas com os resultados das eleições”.