Escrito por: Redação CUT
A decisão foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (23)
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) concedeu aposentadoria voluntária ao ex-diretor-geral da corporação, o bolsonarista Silvinei Vasques, de 47 anos. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (23).
Na terça (20), Vasques deixou o cargo máximo da corporação na qual entrou em 1995, aos 20 anos de idade. Ele tem 27 anos de tempo de contribuição para a Previdência e pode se aposentar porque se beneficia da regra em vigor quando entrou na PRF, que permite encerrar a carreira com 20 anos de atividade policial independentemente da idade.
Com as sucessivas mudanças feitas na Previdência dos servidores, a aposentadoria hoje só vem com uma idade mínima de 55 anos e 25 anos de atividade policial.
O ex-diretor da PRF se tornou réu por improbidade administrativa em 25 de novembro deste ano, após ser acusados pelo procurador da República Eduardo Benones "pelo uso indevido do cargo, com desvio de finalidade, bem como de símbolos e imagem da instituição policial com o objetivo de favorecer um dos candidatos nas eleições presidenciais".
Benones lembrou que Vasques pediu votos para Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição derrotado em 30 de outubro, durante a campanha eleitoral.
"Silvinei Vasques praticou, entre agosto e outubro, atos dolosos à Administração Pública ao usar a instituição policial e o cargo público para fazer campanha eleitoral", disse o procurador.
No segundo turno da eleição, em 30 de outubro, a PRF realizou operações em diversas estradas, em especial no Nordeste, para atrasar ou impedir os eleitores, a maioria do presidente eleito, Lula (PT), de chegar a zona eleitoral. Eleitores reclamaram que a atuação dificultou a locomoção para os locais de votação.