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PT critica decisão da Justiça do RS de limitar manifestações

Executiva Nacional do PT critica decisão da Justiça do RS de limitar atos em defesa de Lula no dia 24 de janeiro e promete usar medidas judiciais contra essa arbitrariedade

Publicado: 29 Dezembro, 2017 - 12h39

Escrito por: CUT

Diário do Poder
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Executiva Nacional do PT critica, em nota, decisão da Justiça Federal do Rio Grande do Sul que limitou manifestações de apoio a Lula, no dia 24 de janeiro, data do julgamento do recurso do ex-presidente contra decisão do juiz Sérgio Moro, de Curitiba.   

Para o PT, a decisão é autoritária e antidemocrática e criminaliza o MST. O partido decidiu usar todas as medidas judiciais cabíveis para reverter  a decisão.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, lembra que o direito de reunião e manifestação é garantido pela Constituição brasileira e os juízes o Rio Grande do Sul não podem passar por cima desse direito constitucional.

”Não vivemos em uma ditadura e vamos exercer o nosso direito de manifestação no dia 24 de janeiro”, garante Vagner.

Confira a íntegra da nota do PT:

Executiva Nacional do PT: Processo judicial contra manifestações é provocativo e acirra ânimos 

Utilizaremos todas as medidas judiciais cabíveis e reafirmamos a grande mobilização popular em Porto Alegre, como em todo o Brasil, em defesa de eleições livres e de Lula

Em despacho na noite de quinta-feira (28), a Justiça Federal do Rio Grande do Sul acatou, em parte, pedido do Ministério Público Federal que limita a liberdade de manifestação das pessoas e dos movimentos sociais que desejam acompanhar o julgamento de recurso da defesa do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) na cidade de Porto Alegre, RS, marcado para o dia 24 de janeiro de 2018.

O pedido do MPF e a decisão judicial proferida criminalizam o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), colocando-o como réu em uma ação de cunho autoritário e antidemocrático. Atenta, assim, contra direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição da República Federativa do Brasil (1988) em vigor – art. 5º, IV e XVI – e o compromisso internacional de liberdade de manifestação assumido pelo País em 1992, ao ratificar o Pacto de San José da Costa Rica (1969). A criminalização dos movimentos sociais tem sido constante e sistemática no Brasil.

Os protestos e manifestações em defesa do Presidente Lula, contra a perseguição política sofrida por ele, mediante o uso de instrumentos jurídicos (Lawfare), bem como a acusação infundada de crimes inexistentes, sempre foram pacíficos e, mais do que isso, legítimos.

As manifestações sociais e populares não podem ser cerceadas, nem criminalizadas, muito menos confinadas para se fazer um jogo de “faz de conta” da democracia. Isso é arbitrariedade, abuso institucional, movido por interesses que atentam aos direitos do povo brasileiro.

“A praça, a praça é do povo. Como o céu é do Condor”, já proclamava Castro Alves

O PT, as forças políticas e sociais, não se calarão diante de manifestações sucessivas de ataque à democracia. Vamos denunciar nacional e internacionalmente essa tentativa de inibir o direito de livre manifestação e, também, de criminalização do movimento social.

Utilizaremos todas as medidas judiciais cabíveis e reafirmamos a grande mobilização popular em Porto Alegre, como em todo o Brasil, em defesa de eleições livres e do direito do maior líder popular brasileiro, líder também nas pesquisas de intenção de votos para a presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de reafirmar sua inocencia e de ser candidato nas eleições de 2018.

Brasília, 29 de dezembro de 2017

Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores