Escrito por: Redação RBA
Segundo Dieese, aumento da extrema pobreza se deu em função do baixo crescimento do PIB e do estrangulamento do Bolsa Família
Dados detalhados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua apontam que cerca de 170 mil pessoas ingressaram na extrema pobreza em 2019. É o quinto ano de aumento da miséria, que deve “explodir” em 2020, como um dos efeitos econômicos da pandemia de coronavírus, segundo o Dieese.
De acordo com o IBGE, 13,8 milhões de pessoas – 6,7% da população – vivem com menos de US$ 1,90 por dia. Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, esse aumento da extrema pobreza é resultado da crise econômica que abala o país desde 2015.
O que chama a atenção, segundo ele, é que, entre 2017 e 2019, a extrema pobreza continuou se agravando, apesar do leve crescimento do PIB no período. O que aponta para o aumento da concentração de renda e ampliação das desigualdades sociais no país, apesar da pesquisa apontar estabilidade nesse quesito.
No ano passado, mais especificamente, Fausto atribuiu o crescimento da extrema pobreza ao estrangulamento dos programas sociais pelo governo Bolsonaro, em especial o Bolsa Família. E prevê um quadro ainda mais grave em 2020.
“O que a gente vai assistir a partir da pandemia é um crescimento muito acelerado do número de pobres. Em especial, a partir de junho, quando, a princípio, o auxílio emergencial deve se extinguir, de acordo com o governo”, disse o diretor do Dieese em comentário na Rádio Brasil Atualnesta terça-feira (19). Acompanhe