Escrito por: Érica Aragão
Organizado pela CUT, demais centrais e movimentos sociais, o dia também foi de ‘Fora, Bolsonaro’, defesa do auxílio de R$ 600, da vacina e das estatais. #LockdownPelaVida foi uma das tags em destaque no Twitter
O Lockdown Nacional, Dia de Luta em Defesa da Vida, da Vacina, do Emprego e do Auxílio Emergencial de R$ 600 para desempregados e informais, que aconteceu nesta quarta-feira (24), em todas as regiões do país, foi marcado por faixaços, atos simbólicos e lives nas redes sociais. Um tuitaço com o hashtag #LockdownPelaVida também aconteceu durante boa parte do dia e chegou a figurar entre as tags mais compartilhadas no Twitter durante a manhã.
Enquanto acontecia a live nacional pela Vida, Vacina Para Todos Já e Auxílio Emergencial de R$ 600, representantes do movimento sindical em mais de 14 estados estenderam faixas nos faróis, nas praças e nas ruas de diversas cidades com mensagens ligadas as bandeiras de luta. ‘Fora, Bolsonaro’ e ‘Bolsonaro genocida’ também foram destaques da mobilização deste dia 24, devido ao descaso do governo com a pandemia e com a vida dos brasileiros e brasileiras.
Para a secretária de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Rosilene Corrêa Lima, o mundo está em luto e os brasileiros, além da tristeza com o que está acontecendo no país, sofrem de indignação profunda.
“Indignação com esse governo, com ausência de políticas, ausência de providências e ausência total e absoluta de zelo pelo povo brasileiro. É um governo que não assume sua responsabilidade e é por isso que estamos assistindo todos os dias o aumento de número de mortos e de casos”, afirmou em vídeo a dirigente, que também defendeu a manutenção das aulas remotas até o fim da pandemia para salvar vidas.
“Não podemos comungar com isso e por isso, apesar do luto, estamos sempre em luta classe trabalhadora nas ruas, nas redes ou de forma virtual, na medida do possível, para mandar nosso recado”, completou.
Na Paraíba, o ato simbólico aconteceu em frente ao Centro Operacional Administrativo dos Correios em João Pessoa. O presidente da CUT-PB, Sebastião José dos Santos, o Tião, denunciou as ações de Bolsonaro contra o povo e também a privatização da estatal.
“Estamos aqui para dialogar com os trabalhadores dos Correios que precisam saber que este governo quer privatizar a empresa e isso pode levar a mais desempregos e o fim dos serviços pelo país. Além disso, convidar a categoria para lutar conosco em defesa da vida”, disse Tião.
De frente ao Palácio do Governo em Recife (PE), o diretor da CUT Pernambuco, Paulo Ubiratan, disse em um vídeo que representantes da Central e demais entidades entraram na casa governamental para entregar um documento relativo ao dia de hoje.
“A gente protocolou o documento que a gente explica a luta em defesa da vida, do auxílio emergencial de R$600, vacina e, além disso, denunciamos os abusos e atrocidades deste governo Bolsonaro e que estamos vivendo a mercê de um vírus que já poderia ser sido controlado. Também estamos pedindo lockdown para o governo porque acreditamos que sem vacina o único jeito de se livrar desta doença é o fechamento total das atividades”, afirmou.
No Twitter, a hashtag #LockdownPelaVida chegou a ficar em sexto lugar dos assuntos mais comentados do dia.
Representantes da CUT Alagoas, do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Alagoas (SINTEAL) e do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos em Alagoas (SINTECT) colocaram faixas na passarela do Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (CEPA) no bairro do Farol em Maceió pautando a defesa da vida através da vacinação para todos e todas.
Faixas e cartazes cobrando o Fundo de Combate à Pobreza (FECOEP), defendendo serviços públicos e contra as privatizações também foram expostos pela cidade para reforçar a reinvindicação contra o crescimento da carestia no estado.
Petroleiros e representantes do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (SINDPETRO AL/SE) se reuniram no Centro de Maceió para falar sobre o aumento preço do gás e da gasolina.
Carros de som saíram nas ruas da capital alagoana exigindo respostas do governo federal referentes à vacinação da população, o auxílio emergencial de $600 e a garantia dos empregos enquanto durar a pandemia. Além disso, estabeleceu um diálogo com a população acerca dos prejuízos propostos pela Reforma Administrativa e todo descaso com o serviço público brasileiro e alagoano.
No período da tarde está marcado com Jogral Online e Tuitaço, às 13h e 14h respectivamente.
Além de uma live Lockdown em Defesa da Vida, transmitida pelas redes sociais da CUT Bahia, os sindicalistas colocaram faixas e cartazes espalhados na Estação da Lapa pedindo auxílio de R$600 e conversando com as pessoas que paravam no Farol.
Rodoviários de Camaçari aderem à paralisação em defesa da vida e vacina.
Cartazes com críticas à Jair Bolsonaro (Ex-PSL) foram espalhados em vários pontos de Fortaleza. Os lambe-lambes, que foram colados em muros pela capital cearense, relacionam Bolsonaro e sua equipe econômica ao aumento do preço de alimentos como arroz, feijão, carne e óleo de cozinha. Além disso, os cartazes também alertam sobre a alta do preços nas bombas de combustíveis.
Na capital federal teve colagem de lambe-lambes e faixas para denunciar o governo. Um ato simbólico também aconteceu em frente a sede dos Correios em Brasília.
A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS), junto com a CUT no estado, começaram a divulgar diversos vídeos de dirigentes explicando o momento que estamos vivendo.
“A gente diz não para os negacionistas e não para as pessoas que lutam contra a saúde e educação. Também temos que dizer não para esta reforma Administrativa de Bolsonaro e Guedes, que tira direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, principalmente dos aposentados”, afirmou a professora Olinda Conceição em vídeo sobre o Lockdown Nacional em defesa da Vida, neste dia 24.
Um caminhão de som também ficou circulando pelos bairros da capital do Mato Grosso do Sul para denunciar os preços abusivos da alimentação e o desgoverno de Bolsonaro.
Foram mais de 15 carros e moto de som que percorreram bairros da periferia de todas as regiões da capital sul-mato-grossense.
No Interior, além das ações gerais, em Dourados será realizada uma Live organizada pelo Comitê de Defesa Popular e o Simted.
A CUT Paraíba lançou uma campanha nas redes para que a população pudesse trocar a foto do perfil em apoio a Ação Nacional da CUT. Além disso, a entidade também organizou um ato simbólico em frente ao Centro Operacional dos Correios.
No Recife, nem a chuva atrapalhou o ato simbólico que aconteceu às 9h, ao lado da Ponte Duarte Coelho, em frente ao Cinema São Luiz. Em seguida, houve uma caminhada até o Palácio do Governo de Pernambuco, onde foi entregue um documento com propostas e reivindicações da classe trabalhadora. Todos os protocolos sanitários foram respeitados pelos sindicalistas. Uma ação para colar lambe-lambe com a mensagem Fora Bolsonaro também aconteceu na capital pernambucana.
Faixas com mensagens da luta foram colocadas em viadutos e passarelas pelas cidades de Rio Grande, Porto Alegre, São Leopoldo e Gravataí. Um ato simbólico organizado pela CUT-RS e centrais sindicais, em frente ao Palácio Piratini, foi transmitido ao vivo pelas redes sociais da entidade.
Representantes da CUT Rio Grande do Norte colocaram faixas e uns carros de som nos quatro cantos de Natal. Na região Oeste do RN, no interior, a CUT e outas centrais organizaram uma live, mas a transmissão foi cancelada porque a entidade perdeu um companheiro para Covid-19, Zé Teixeira. Rodoviários de Natal param terminais da cidade em defesa da vacina.
Trabalhadoras e trabalhadores do Rio de Janeiro participaram de um ato simbólico contra a incompetência, o negacionismo e o desgoverno de Bolsonaro, que já causou quase 300 mil mortes.
Várias categorias ocuparam todas as esquinas da Rio Branco entre a Candelaria e a Cinelândia com cruzes e faixas para denunciar as mortes e os casos da doença.
Em Santa Catarina aconteceram dois atos simbólicos neste dia 24.
Em Blumenau, o pátio da Prefeitura, na região Vale de Santa Catarina, amanheceu nesta quarta-feira com cruzes para lembrar as quase 300 mil mortes por covid-19 no país e com faixas em defesa da vida, por vacinação já para todos, pela volta de R$ 600 de auxílio emergencial e por Fora Bolsonaro.
Em Joiville a luta por Fora Bolsonaro, auxílio emergencial e vacina já aconteceu nos trevos e praças do norte de Santa Catarina.
As ações do Dia Nacional de Luta em Joinville continuam durante o dia com a participação dos sindicatos CUTistas. Às 12h30, em frente à Secretaria de Educação, acontecerá um ato em defesa da vida e por condições de trabalho e às 14h acontecerá uma ação de panfletagem em frente à empresa metalúrgico Docol para dialogar com os trabalhadores sobre a importância de unir-se à luta em defesa da vida e por Fora Bolsonaro.
Na capital, o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) fez um ato em frente à prefeitura para exigir de Bruno Covas (PSDB) uma verdadeira negociação frente aos 42 dias da Greve a Educação pela Vida dos trabalhadores da educação municipal de São Paulo.
Em Sorocaba, os rodoviários no Terminal de Vila Régia e em Mairinque participam do Dia Nacional de luta e paralisaram os trabalhos nesta quarta.
Faixa "Fora Bolsonaro" também foi vista na ponte da Rodovia Anhanguera sentido Campinas, onde teve uma ação de lambe-lambe pela cidade.
Em Jacareí e Mogi Mirim também tiveram atos simbólicos para denunciar Bolsonaro, exigir a vacina e defender o SUS.
Em Ribeirão Preto também teve ação de lambe-lambe pela cidade para dizer o que o país precisa: “Brasil quer vacina, auxílio emergencial e Fora Bolsonaro.
No Vale do Paraíba, faixas com as bandeiras de luta também foram colocados em pontes e viadutos.
Na zona sul da cidade, faixas também foram colocadas nas ruas denunciando o genocida de Bolsonaro.
Em Guarulhos, faixas "Também somos linha de frente" foram levantadas por condutores nos terminais da cidade em protesto.
Em Limeira, foram colocadas faixas pelo lockdown, em defesa da vida.
E em Jundiaí, representantes do movimento sindical percorreram os bairros da cidade com carros de som durante a semana, do centro à periferia. Hoje, são veiculados spots na Rádio Cidade Jundiaí, onde o secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região, Douglas Yamagata, também coordenador da Subsede da CUT de Jundiaí, concedeu entrevista.
Em frente à prefeitura de Aracaju, representantes de movimentos sindicais e sociais denunciaram a superlotação dos ônibus e cobraram do prefeito, Edvaldo Nogueira, a desinfecção dos terminais e dos ônibus, fiscalização do transporte público e punição para as empresas de transporte que não cumprirem as determinações sanitárias, além de ampliação da vacinação.
Ainda na parte da manhã, representantes do Sindicato dos Professores e Professoras de Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe realizou um ato em frente ao Palácio de Despachos (sede do governo estadual) para cobrar do governador, Belivaldo Chagas, que exerça sua autonomia, compre vacinas e priorize os trabalhadoras e trabalhadores da Educação, testagem em massa dos estudantes e condições sanitária das escolas.
*Edição: Marize Muniz