MENU

Famílias chefiadas por mães são as mais impactadas pela crise: veja relatos

Recorde na desigualdade salarial de gênero empurra mulheres para insegurança alimentar e jornadas estafantes

Publicado: 07 Maio, 2022 - 10h24 | Última modificação: 07 Maio, 2022 - 10h27

Escrito por: Murilo Pajolla, do Brasil de Fato

Flávio Costa/ASPTA
notice

Elas estão nas periferias, ocupações, favelas, no mercado informal e nos empregos com os piores salários. E têm que se desdobrar para comandar o lar e dar aos filhos alimentação, educação e carinho. 

No Dia das Mães, o Brasil de Fato ouviu as chefes de família que dão duro para colocar comida no prato da família e sentem na pele os efeitos mais perversos da crise econômica. 

Essas mulheres estão nas estatísticas que demonstram um recorde histórico da desigualdade salarial de gênero no Brasil. No terceiro trimestre de 2021, nas metrópoles brasileiras, as famílias chefiadas por homens tinham média de renda 60% superior à média das famílias chefiadas por mulheres. 

Os dados são do Boletim Desigualdade nas Metrópoles, produzido pelo Observatório das Metrópoles, em parceria com a Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (PUCRS) e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL).

“Mesmo as mulheres que conseguem emprego recebem menos do que os homens, apesar de terem níveis de formação maiores. O salário médio das mulheres corresponde a 70% do salário dos homens”, constatou a economista Paula Guedes, integrante do grupo responsável pela pesquisa. 

Confira aqui a íntegra dos depoimentos.