Federação dos bancários do Rio lança campanha de valorização dos sindicatos
Entenda porque ter um sindicato forte é importante para conquistar e manter direitos e melhores condições de trabalho assistindo as peças da campanha da Federa-RJ em rádios, TVs e redes sociais
Publicado: 21 Junho, 2022 - 16h12 | Última modificação: 22 Junho, 2022 - 19h15
Escrito por: Tatiane Cardoso, da CUT-Rio | Editado por: Marize Muniz
“Tenho direitos porque tenho sindicato forte”. Esse é o lema da campanha que a Federação das Bancárias e dos Bancários no Ramo Financeiro do Estado no Rio de Janeiro (Federa-RJ) lança esta semana no Rio para mostrar para o trabalhador e a trabalhadora qual é o papel dos sindicatos em suas vidas laborais.
Perguntas como “já pensou sua vida sem sindicato?” e “já pensou sua vida sem direitos?” são feitas nas peças para provocar a reflexão não apenas da categoria bancária, como de toda a sociedade.
“Neste momento em que o atual governo promove grande retirada de direitos da classe trabalhadora provocando precarização do trabalho, o papel do sindicato nunca foi tão essencial na defesa das conquistas trabalhistas”, afirma a presidenta da Federação, Adriana Nalesso, se referindo as medidas encaminhadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para tirar direitos conquistados pelos trabalhadores.
Em spots de rádio, comerciais de TV e materiais para as redes sociais a Federa-RJ e os sindicatos filiados - Sindicatos dos Bancários de Campos dos Goytacazes, Niterói e Região, Rio de Janeiro, Petrópolis, Sul Fluminense, e Teresópolis - pretendem mostrar que sem a luta sindical importantes conquistas como a Participção nos Lucros e Resultados (PLR), extensão das licenças maternidade e paternidade, 13º salário e outros benefícios não seriam possíveis.
“Estamos atravessando uma das piores crises econômicas e políticas, com um governo neoliberal que atende apenas aos interesses dos grandes empresários e banqueiros, é fundamental mantermos nossos sindicatos fortalecidos”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, José Ferreira.
Para ele, a união dos trabalhadores e trabalhadoras é o que garante a conquista e a manutenção de direitos trabalhistas em negociações com o patronato.
“Convidamos todos os sindicatos de bancários que integram a Federa-RJ, bancárias e bancários e a sociedade em geral a participarem da campanha e divulgarem o material. Vamos juntas e juntos fortalecer os nossos sindicatos para, com altivez e grande representatividade, negociar com o sistema financeiro a renovação da nossa Convenção Coletiva de Trabalho”, afirmou Nalesso no lançamento da campanha.
“Não posso deixar de lembrar que a categoria bancária é uma das poucas que possui uma Convenção nacional, ou seja, em todo o país, bancárias e bancários têm os mesmos direitos e salários. Precisamos manter isso”, completou o dirigente.
As peças serão veiculadas em emissoras de TV - Record Rio, Niterói, Sul-Fluminense, Campos; TV Globo/InterTV Norte Fluminense; TV Globo Serramar; TVT – TV dos Trabalhadores; nas rádios BandNews FM, Tupi e Bicuda; e no Youtube.
O papel dos sindicatos
A campanha da Federa-RJ é fundamental para que, em especial os jovens, entendam o papel dos sindicatos, entidades que nasceram para defender os interesses e direitos dos trabalhadores, como melhores salários, melhores condições de trabalho e benefícios, como vale refeição, vale alimentação, creches e outros. A união dos trabalhadores em um sindicato fortalece a luta por direitos, é o que mostra a campanha.
Imagine um trabalhador negociando sozinho com o patrão por reajuste de salário, pelo direito a assistência médica ou ampliação dos benefícios, a força deste trabalhador é muito menor do que quando entra em ação um sindicato com dirigentes preparados e um departamento jurídico para apoiar caso seja necessário entrar com ações judiciais ou até mesmo acompanhar ações contra maus patrões que deixam de pagar direitos, de depositar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ou até mesmo contribuir com o Instituto nacional do Seguro Social (INSS).
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Luta por direitos começou no século 19
Quando uma categoria decide fazer uma greve para pressionar os patrões ou os governos a sentar na mesa e negociar por reajuste de salários, por exemplo, é o sindicato quem organiza a ação, negocia os acordos e organiza a luta dos trabalhadores para conquistar a pauta da categoria.