FEM/CUT: reajuste oferecido não chega nem ao INPC
Mobilização deve se intensificar nos próximos dias
Publicado: 19 Setembro, 2016 - 11h02
Escrito por: FEM/CUT
Desde a última semana o debate sobre a clausula econômica tomou conta das mesas de negociação da Campanha Salarial 2016. Na última quinta- feira, 15, representantes da FEM-CUT/SP se reuniram com sindicatos patronais dos Grupo 2, 3, 8 e estamparia. As propostas econômicas feita pelos patrões não chegam nem ao 9,6% de inflação que foi acumulada no período de 1 de setembro de 2015 à 31 de agosto de 2016. O presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, conta que a bancada dos trabalhadores não aceitou nenhuma das ofertas: “Os valores de reajustes que foram oferecidas não atendem as expectativas dos trabalhadores. Entendemos e temos clareza do momento atual do país, mas não aceitaremos que os trabalhadores paguem o pato nessa crise”, explicou Luizão.
Grupo 2
Na última semana o grupo 2 ofereceu 4,5% de reajuste. O valor inicial foi negado pela bancada dos trabalhadores. Durante a conversa realizada na tarde desta quinta- feira, os empresários apresentaram uma segunda proposta: 4,5% de reajuste em outubro e mais 3% em Abril. As negociações continuam na próxima semana.
Grupo 3
O grupo 3 ofereceu 6% de reajuste. A bancada dos trabalhadores considerou a proposta “insuficiente para os anseios dos trabalhadores”. A próxima rodada de negociação está agendada para o dia 21 de setembro.
Grupo 8
As negociações com o grupo 8 estão novamente emperradas. Desde o início da Campanha Salarial 2016, os representantes do setor patronal não demonstram disposição em negociar. Na rodada de ontem, eles se negaram novamente a debater cláusulas sociais e não fizeram proposta econômica. “A postura dos representantes do Grupo 8 é inadmissível. A decisão de negociar é uma decisão política e não econômica”, afirma Luizão.
Estamparia
Representantes da estamparia ofereceram um reajuste de 8,15% aos trabalhadores. As negociações continuam na próxima semana para que o valor se aproxime ao máximo das pretensões dos trabalhadores.