Fentect participa de audiência pública...
Audiência debateu o papel e a atuação dos Correios no atual cenário de mudanças tecnológicas
Publicado: 10 Dezembro, 2012 - 15h04
Escrito por: Fentect
O secretário-geral da Fentect, Edson Dorta, participou no último dia 4 de audiência pública na Câmara dos Deputados sobre “o papel e a atuação dos Correios no atual cenário de mudanças tecnológicas”. Participaram do debate o presidente da ECT, Wagner Pinheiro, o ministro aposentado do STJ, Edson Vidgal e o presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net), Ludovino Lopes.
O requerimento de solicitação da audiência foi pedido pelos deputados Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Arolde de Oliveira (PSD-RJ). Segundo Azeredo, o objetivo da reunião é discutir a visão e o planejamento dos Correios perante os desafios tecnológicos, econômicos e mercadológicos trazidos pela introdução das novas tecnologias da informação e das comunicações.
O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, procurou apresentar os serviços “magníficos” dos Correios, dando como exemplo a parceria, ainda tímida, com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e o crescimento dos Bancos Postais. E, não levou em conta a questão dos trabalhadores que sofrem com a sobrecarga de trabalho e violência dentro das agências que prestam serviços bancários. Além de ter ressaltado a contratação de 13 mil novos trabalhadores, o que foi rebatido pela Fentect.
Apesar de o tema central ser as novas tecnologias, o debate acabou focado no monopólio postal e na mudança estatutária realizada através da MP 532 (a Medida Provisória da Privatização). Nesse sentido, o ministro aposentado Edson Vidgal declarou que é um atraso o Brasil manter o monopólio dos Correios. E chegou a criticar as greves dos trabalhadores e afirmou que a quebra do monopólio serviria para acabar com o poder de paralisação dos trabalhadores.
Representando os trabalhadores, Edson Dorta criticou o presidente ao falar sobre as 13 mil contratações, pois a quantidade de trabalhadores contratados não cobre as 10 mil demissões do Programa de Demissão Voluntária (PDV). E ressaltou que é um desrespeito aos trabalhadores a defesa do sistema de parcerias com o setor privado e foi enfático na declaração feita pelo ministro Edson Vidgal. “Nós continuaremos com as greves em defesa dos interesses dos trabalhadores e dos Correios como empresa pública”. E finalizou: “Vamos nos mobilizar contra qualquer tentativa de quebra do monopólio ou privatização da ECT”.