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Ferroviários e metroviários de SP suspendem paralisação

Funcionários da CPTM vão aguardar nova audiência. Metroviários manterão "estado de greve".

Publicado: 31 Julho, 2017 - 22h41 | Última modificação: 31 Julho, 2017 - 22h48

Escrito por: Redação RBA

CPTM
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Ferroviários resistem à redução salarial e mantêm ameaça de parar

Ferroviários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram, em assembleias no início na noite de hoje (31), suspender a greve que estava marcada para começar nesta terça-feira (1º), devido a uma redução nos salários. Eles vão aguardar nova audiência de conciliação marcada para quarta-feira, às 15h, no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2). E ameaçam cruzar os braços a partir de sexta (4), se não houver acordo. Os metroviários de São Paulo, que finalizaram assembleia por volta de 20h40, também suspenderam o movimento previsto para amanhã, mas se manterão em "estado de greve".

Embora sejam do transporte coletivo e tenham o mesmo empregador, o governo paulista, as motivações das categorias são diferentes neste momento. Os metroviários buscam resistir a tentativas de privatização da Companhia do Metropolitano (Metrô), inicialmente em todas as bilheterias e também na Linha 5-Lilás e na 17-Ouro (monotrilho). E os ferroviários protestam contra uma decisão da CPTM de reduzir em 3,51% os salários, com base em uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) referente a dissídio coletivo de 2011.

Na sexta-feira (28), não houve acordo em audiência de conciliação dos ferroviários comandada pelo vice-presidente judicial do TRT2, Carlos Roberto Husek. Ele propôs parcelar o desconto em duas vezes, a primeira em agosto (1%) a segunda em dezembro (2,51%). A título de compensação, sugeriu uma "movimentação interna e uniforme" dos funcionários entre janeiro e fevereiro de 2018. "A categoria não aceita essa proposta", disse o presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz Alves de Matos.

Antes, o Tribunal havia deferido liminares que restringiam as possíveis paralisações, tanto no caso da CPTM como no Metrô. No primeiro caso, o vice-presidente judicial determinou manutenção de 80% do efetivo de todos os serviços de operação das 4h às 10h e das 16h às 21h – para os demais, 60%. Ele também proíbe a liberação de catracas aos usuários.Foi fixada multa de R$ 100 mil/dia.

Para o Metrô, o desembargador Willy Santilli também fixou 80% para os períodos das 6h às 9h e das 16h às 19h. O valor da multa é o mesmo.

A representação dos ferroviários se divide em três sindicatos da categoria, além dos engenheiros: o dos trabalhadores em empresas ferroviárias (filiado à UGT) inclui as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa, o da Central do Brasil (CUT) tem a 8-Diamante e a 9-Esmeralda e o da Sorocabana, as 11-Coral e 12-Safira. No total, são 92 estações em 22 municípios, em um total de 260,8 quilômetros. No ano passado, a média de passageiros transportados foi de 2,7 milhões em dias úteis.

Já o Metrô transportou, em média, 3,7 milhões de passageiros por dia útil. As linhas mais movimentadas são a 3-Vermelha (média de 1,409 milhão/dia) e a 1-Azul (1,371 milhão). São mais 652 mil na Linha 2-Verdade e 260 mil na Linha 5-Lilás. Na Linha 4-Amarela, administrada pelo setor privado em regime de concessão, a média é de 700 mil por dia.