Escrito por: Redação RBA
De Ana Cañas a Beth Carvalho, de Noca da Portela a Nelson Sargento, de MC Carol a Renegado, de Chico Buarque e Gilberto Gil a Chico César. E Odair José promete: “Eu vou tirar você desse lugar”
Está chegando a hora. Neste sábado (28), a partir das 14h, no Rio de Janeiro, nos Arcos da Lapa, região central da cidade, o Festival Lula Livre reunirá artistas e intelectuais latino-americanos em ato cultural e político em defesa da democracia e contra a prisão política do ex-presidente Lula.
Entre os mais de 40 nomes da música brasileira estão confirmados: Chico Buarque, Gilberto Gil, Jards Macalé, Ana Cañas, Beth Carvalho, Chico César, Noca da Portela, Nelson Sargento, Odair José, Arnaldo Antunes, Maria Gadú e Manno Góes, assim como artistas de uma nova geração também muito talentosa, como Filippe Catto, Tomaz Miranda, Cecilia Todd, Marcelo Jeneci, Lyza Milhomem, Marcos Lucenna, Maria Rivero e MC Carol.
O cantor Odair José, remanescente da chamada cultura brega dos anos 1970, voltou a se encontrar com o grande público nas edições da Virada Cultural paulistana e, em janeiro deste ano, quando participou pela primeira vez de um ato político em mais de 40 anos de carreira. Para o show no Rio, os organizadores afirmam que pedirão para que cante outro clássico do seu repertório, Eu Vou Tirar Você Desse Lugar.
O evento é organizado por um coletivo de artistas e pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, como parte de uma série de atividades que culminarão com um grande ato em Brasília no dia 15 de agosto, data do registro da candidatura de Lula à Presidência da República.
Diverso, o festival começa à tarde e se estenderá noite adentro, com oficinas, DJs e apresentações teatrais, culminando com um grande ato-show.
A ideia do evento nasceu a partir de um manifesto elaborado por Chico Buarque, Martinho da Vila, Ziraldo, Leonardo Boff e mais de 800 signatários. O documento afirma que “todo o julgamento do presidente Lula foi um erro jurídico sem limites”. Para os signatários, não é possível aceitar que Lula, líder em todas as pesquisas, não participe das eleições. "Inadmissível é mantê-lo preso num flagrante desrespeito às regras mais elementares da Justiça.”
Eventos simultâneos
De acordo com a organização, o festival será dividido em duas partes. A chamada parte lúdica, que começa às 14h, na praça diante dos Arcos e do Circo Voador, será aberta pela trombonista Ju Storino e o Palhaço Zé Catimba, que farão o anúncio da abertura. Está previsto um cortejo, reunindo poetas, músicos, atores e artistas circenses. Em seguida, cada participante se destinará aos espaços reservados para atividades – música, teatro, poesia, oficinas.
Em seguida, começam as intervenções de rua, como montagem de pipas, oficina literária (com Márcia Tiburi, segundo informa Hildergard Angel em sua coluna no Jornal do Brasil), estêncil, bordados e flores (com as Bordadeiras pela Democracia), fotojornalismo, grafite e pintura em tecidos.
Os organizadores estimam que sejam feitas cerca de 500 pipas na oficina da própria praça, que comporão junto com 10 pipas artísticas gigantes uma espécie de balé. Um ecobalão de 4 metros subirá com uma faixa com a mensagem do festival.
A praça será tomada pelos grupos circenses Tropa de Palhaços, Grande Circo Trapézio, Tá Na Rua, e Mistérios e Novidades, seguidos dos coletivos de dança Passinhos Carioca e Efeito Urbano. Haverá ainda uma revoada das pipas e ecobalões produzidos, tendo ao fundo o som do DJ Rodrigo Penna.
Por volta de 17h, a primeira parte do festival será encerrada com samba levado pela Orquestra Voadora, que tem 120 integrantes.
Na sequência, começam as apresentações musicais no palco central. O reencontro de Chico e Gil encerrará o Festival Lula Livre, em defesa da democracia e pela libertação do ex-presidente de sua prisão política.
Artistas, intelectuais e jornalistas do Brasil todo convidam para o #FestivalLulaLivre.
Confira: