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Festival no Rio reforça campanha por eleições democráticas e Lula Livre

Mobilizações dos próximos dias culminam com marcha a Brasília para defender a democracia e garantir o registro oficial da candidatura do ex-presidente, em 15 de agosto

Publicado: 20 Julho, 2018 - 10h55 | Última modificação: 20 Julho, 2018 - 11h14

Escrito por: Redação RBA

Reprodução
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No sábado (28), os Arcos da Lapa, na região central do Rio de Janeiro, serão palco do Festival Lula Livre, que reunirá artistas, intelectuais e movimentos sociais para um dia de festa e luta em defesa da democracia e contra a prisão política a que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é submetido há mais de 100 dias em Curitiba. O evento contará com ato-show com a presença de artistas brasileiros e convidados internacionais, além de DJs, oficinas e apresentações teatrais.

A iniciativa do Festival Lula Livre é capitaneada pelos cantores Chico Buarque e Martinho da Vila, o teólogo Leonardo Boff e o jornalista e escritor Eric Nepomuceno, que divulgaram manifesto reafirmando que a normalidade democrática no país só será restituída a partir da realização de eleições efetivamente livres.

"Nós, trabalhadores e trabalhadoras das artes e da cultura, convocamos todos os setores democráticos da sociedade para um ato em defesa da liberdade de Lula e da retomada da normalidade democrática, independente de partidos e correntes políticas. (...) Entendemos ser direito invulnerável dos 146 milhões de eleitores poderem optar inclusive por não votar nele", diz o documento.

Um dos artistas com presença confirmada é Daniel Téo, autor da canção You’re Not Alone, que presta homenagem a Lula, Nelson Mandela, Dalai Lama, Desmond Tutu, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, John Lennon, Rosa Parks e outros ícones globais da luta pela paz, justiça e igualdade.

A equipe do ex-presidente também divulgou nesta semana uma lista de músicas que devem dar o tom do festival do dia 28. A playlist inclui Chico Buarque, Beth Carvalho, Ana Cañas, Chico César, Flávio Renegado, Mc Carol, dentre outros.

Mobilização continua

Na semana seguinte, integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) planejam realizar greve de fome a partir do próximo dia 31 para chamar a atenção para as arbitrariedades cometidas pelo Poder Judiciário. "Vamos começar essa greve em Brasília em protesto contra os abusos do Judiciário, em especial da Cármen Lúcia, do Edson Fachin (ministro do STF relator da Lava Jato) e também dos juízes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que até agora não respeitaram o rito do Judiciário", disse João Pedro Stédile, da coordenação do MST.

Na semana seguinte, em 7 de agosto, um ato inter-religioso deve ocorrer em Brasília, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), com a presença de líderes de diferentes credos e religiões, além do argentino ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel.

No dia 10 de agosto é a vez de as centrais sindicais se mobilizarem em todo o país no Dia do Basta com paralisações nos locais de trabalho para protestar contra o avanço do desemprego e exigir o fim dos ataques aos direitos trabalhistas.

Na sequência das mobilizações pelo Dia do Basta, centrais, movimentos sociais, estudantes, militantes e simpatizantes marcham para Brasília, pois, no dia 15 de agosto ocorrerá o registro oficial da candidatura de Lula à presidência da República.

O fortalecimento da economia nacional, com a criação de empregos formais e valorização dos salários dos trabalhadores, e de empresas públicas, como a Petrobras, para garantir combustíveis a preços acessíveis à população, estão entre as principais bandeiras da sua candidatura.