Filha de Che Guevara visita a Vigília Lula Livre, em Curitiba

Aleida Guevara esteve na capital paranaense, onde participou de uma roda de conversa e falou sobre aspectos da vida em Cuba, incluindo o bloqueio econômico há 56 anos imposto pelos Estados Unidos

JUCA VARELLA

Em seu 173º dia, a Vigília Lula Livre recebeu, nesta quarta-feira (26), a visita de Aleida Guevara, filha do líder da Revolução Cubana Ernesto Che Guevara. A passagem da médica popular Aleida Guevara por Curitiba incluiu o plantio de uma muda de araucária no Bosque da Liberdade, batizando a muda com o nome de Aleida March, sua mãe, atualmente com 85 anos e diretora do Centro de Estudos Che Guevara, em Cuba.

A filha de Che Guevara ainda concedeu entrevista ao programa Democracia em Rede, na Casa da Democracia, e participou de uma roda de conversa sobre solidariedade internacional, na Casa Marielle Vive.

No encontro, Aleida Guevara abordou diferentes aspectos da revolução cubana e da relação do país com o vizinho Estados Unidos. “Vivemos a muito pouca distância do governo mais poderoso e tenebroso da Terra”, afirmou.

Falando pausadamente em espanhol para uma plateia atenta, Aleida definiu o bloqueio econômico contra Cuba como “criminal”, e explicou o quanto isso tem impedido, ao longo de décadas, o país de se desenvolver como gostaria, devido à falta de condições de adquirir o que é preciso.

“Os Estados Unidos não queriam que Cuba se convertesse num exemplo para outros povos da América Latina”, disse, justificando o ponto de vista americano para o bloqueio econômico em vigor há 56 anos.

Aleida Guevara também comentou o anseio da Revolução Cubana em oferecer educação gratuita para toda população, desde a alfabetização até a universidade. “A única maneira de um povo ser realmente livre, é ser um povo culto, para que ninguém o engane, ninguém o manipule”, afirmou.

Referência em saúde, a filha de Che explicou que, para Cuba, a saúde não pode ser encarada como um negócio. “Não existe dinheiro suficiente para pagar a vida de um ser humano. Como esse dinheiro não existe, não se pode converter em mercadoria. A saúde é um direito do povo, e deve estar ao alcance do povo sempre.”

Assista ao vídeo da roda de conversa com Aleida Guevara: