Escrito por: Redação CUT
Adolescente de 13 anos desapareceu em 3 de agosto e foi encontrada 18 horas depois; polícia não cita motivação política
A adolescente Emanuelle Oliveira da Silva, de 13 anos, foi encontrada na última quinta-feira (4), 18 horas depois de ser dada como desaparecida pelos pais em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O caso foi citado, inicialmente, como crime político porque a mãe da adolescente Marcelle Bolive é conhecida por fazer vídeos criticando o presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, quando registrou o desaparecimento em 3 de agosto, Marcelle afirmou que a filha teria sido sequestrada por um homem em um carro preto e estaria em cárcere privado.
Durante a investigação foi constatado que o celular da adolescente estava ligado e que ela continuava se comunicando por mensagens. Por meio do rastreamento do telefone, a polícia encontrou a jovem em uma quitinete sozinha e assistindo televisão. A abordagem foi filmada e divulgada nas redes sociais.
Os policiais localizaram o suspeito do sequestro, um homem de 31 anos, no trabalho. O homem foi preso por estupro de vulnerável depois que o resultado do exame corpo e delito mostrou indícios de atividade sexual. Não foi citado pela polícia qualquer motivação política para o crime.
Marcelle viralizou nas redes sociais ao fazer uma crítica ao governo Bolsonaro durante uma das ações da Federação Única dos Petroleiros do Brasil (FUP) de distribuição de gás de cozinha a preço justo.
"O Bolsonaro acabou com o Brasil. Nunca vi isso, o cara viu que a gente estava na crise do coronavírus e o cara debochando da saúde? O presidente nem aí pra gente. 'Ah, não toma vacina'. Como não toma vacina? Se a vacina é a nossa esperança, gente. Se ele tivesse comprado as vacinas desde o começo, não teria morrido um terço das pessoas que morreram", disse Marcelle na época, segundo reportagem da Revista Fórum.
Com informações do Poder360