MENU

Filho de Bolsonaro, Renan é intimado pela PF por suspeita de lavagem de dinheiro

Grupo empresarial se reuniu com ministro do governo após doação feita ao filho mais novo do presidente

Publicado: 07 Abril, 2022 - 12h37 | Última modificação: 07 Abril, 2022 - 12h40

Escrito por: Redação RBA

Reprodução
notice

O filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro, é investigado pela Polícia Federal (PF). Em apuração de denúncias de tráfico de influência e lavagem de dinheiro, ele foi intimado a prestar depoimento, nesta quinta-feira (7), na Superintendência da PF em Brasília.

A Polícia Federal tenta ouvir Jair Renan desde o ano passado, mas sem sucesso. O filho 04 de Bolsonaro já havia sido intimado em dezembro, mas não compareceu. Depois disso, o inquérito foi para o Ministério Público Federal (MPF), que pediu prorrogação de prazo para a conclusão das diligências e a investigação será retomada com o depoimento hoje.

Antes, em outubro passado, o delegado Vitor Cesar Carvalho dos Santos foi nomeado superintendente da PF em Brasília. Ele ocupou o lugar de Hugo de Barros Correia, que estava havia cinco meses no cargo e respondia pelo caso de Jair Renan. Além dessa suspeita de influência e lavagem de dinheiro, conduzia o inquérito que apura a disseminação de fake news por parte de organização criminosa. E também chegou a intimar Tatiana Marques de Oliveira Garcia Bressan, estagiária do ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski. Ela atuava como espiã do chamado Gabinete do Ódio, repassando informações ao blogueiro Allan dos Santos.

As suspeitas contra 04 envolvem a utilização de empresa de eventos Bolsonaro Jr Eventos e Mídia para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini – grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção – e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

Jair Renan na mira da PF

O inquérito foi aberto em março do ano passado, a pedido do MPF, depois de uma denúncia feita contra Jair Renan por parlamentares. O objetivo é investigar se o filho mais novo de Bolsonaro atuou a favor da empresa dele junto ao governo federal.

De acordo com documentos do inquérito, houve associação de Jair Renan com outras pessoas “no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários”.

A Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, que tem interesses no governo federal, presenteou Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Um mês após a doação, em outubro do ano passado, representantes do grupo empresarial, se reuniram com Marinho.