Escrito por: Rosely Rocha

Fim de direitos é razão para os trabalhadores estarem nas ruas, diz Sergio Nobre

Para Secretário-Geral da CUT, agenda de Bolsonaro é retrocesso que precisa ser combatida nas ruas, nos locais de trabalho e nas redes

Edson Rimonatto

Os trabalhadores, trabalhadoras e os estudantes do país se unem em torno de duas lutas: contra a reforma da Previdência que dificulta o acesso à aposentadoria e diminui o valor do benefício e contra o desmonte da educação pública provocado pelo governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL).

Centenas de manifestações estão programadas em todo o país para esta terça-feira (13), Dia Nacional de Mobilização, Paralisações, Assembleias e Greves Contra a Reforma da Previdência, em Defesa da Educação Pública e por Empregos.

A retirada de direitos é motivo de sobra para que todos os trabalhadores e trabalhadoras saiam às ruas em apoio aos atos e manifestações, neste dia 13 de agosto, avalia o Secretário-Geral da CUT.

“É dia de ir às ruas em defesa da educação e da Previdência Social porque a malfadada proposta de reforma dificulta o direito à aposentadoria. Queremos uma Previdência Pública, protetora e não uma reforma que impede os trabalhadores de se aposentar, que retira direitos dos velhinhos, das pessoas acidentadas e dos trabalhadores rurais. Essa reforma é uma perversidade que não deveria estar acontecendo em pleno século 21”, afirma.

Para o dirigente, a luta contra a reforma da Previdência não terminou, apesar do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, ter sido aprovado em dois turnos pelos deputados federais, pois ainda são necessárias duas votações no Senado.

“A luta ainda não terminou. Precisamos manter o clima de mobilização em cima dos deputados e dos senadores. Por isso, o dia de amanhã tem atos em todas as capitais e no interior dos estados. É importante que todos participem   porque a reforma é só o início da agenda de Bolsonaro para retirar direitos da classe trabalhadora”.

Segundo o secretário geral da CUT, Bolsonaro quer, além da reforma da Previdência, uma reforma tributária que é uma regressão a tudo aquilo que a Central defende.

”Há um projeto de desindustrialização do país e outras agendas no Congresso Nacional que precisamos estar atentos. Por isso, participar dos atos e manifestações neste dia 13 é tão importante para a classe trabalhadora. Razões para estarmos nas ruas, nós temos”, afirma Sérgio Nobre.