Escrito por: Érica Aragão
Para Secretária-Geral da CUT, Carmen Foro, o 8 foi esquenta para o dia 18, quando em todo país, os trabalhadores e as trabalhadoras vão para as ruas defender os serviços públicos, a democracia e os direitos
No último domingo (8), Dia Internacional das Mulheres, milhares de trabalhadoras foram às ruas de todo país para lutar por direitos, democracia e contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), que ataca direitos sociais, trabalhistas, previdenciários e de combate à violência contra a mulher. “Fora Bolsonaro” gritaram as mulheres em todo o Brasil.
“O 8 de março abriu uma jornada de lutas que vamos ter que fazer em defesa da democracia, dos direitos e contra violência”, disse a Secretária-Geral da CUT, Carmen Foro. “Foi um esquenta para o 18 de março, dia em que milhares de trabalhadoras e trabalhadores estarão nas ruas de todo o país para defender os serviços públicos e os servidores, a democracia e pelos direitos à Educação, Saúde e emprego decente”.
“Nós não estamos querendo que esfrie e a gente siga para o 18 com muita energia”, complementou a dirigente CUTista.
Saiba como foram os atos no dia 8
Alagoas: As alagoanas fizeram um ato público e uma atividade cultural na praia de Pajuçara. Elas denunciaram o feminicídio e alertaram a população dizendo que Alagoas é o estado que mais mata mulher por ser mulher.
Bahia: De lilás, as baianas marcharam nas ruas de Salvador em defesa da democracia, dos serviços públicos e pelo "Fora Bolsonaro".
Brasília: ao som da batucada e dos gritos de guerras das mulheres, a marcha engrossou com a participação das mulheres do MST, que estavam reunidas na região. Durante o ato, que acabou na Torre da TV, o Fora Bolsonaro também foi ecoado.
Ceará: Segundo a CUT no estado, 10 mil mulheres foram às ruas de Fortaleza “Pela vida das Mulheres Contra o Fascismo, Machismo, Racismo e LBTFobia – Em Defesa dos Direitos e da Democracia”.
Goiás: As mulheres fizeram um ato na Praça dos Trabalhadores com homenagens, exposições e panfletagens. A presidenta da CUT no estado, Maria Euzébia De Lima, participou das atividades.
Mato Grosso: um ato político e cultural aconteceu na praça do bairro mais violento de Cuiabá, Pedra 90.
Mato Grosso do Sul: Mulheres do Coletivo Mulheres Contra o Fascismo e Pelo Fim das Violências fizeram uma panfletagem na feira do Bairro Guanandy em Campo Grande.
Minas Gerais: Com o tema “Só da Luta Brota Liberdade”, milhares de mineiras participaram da manifestação que tomou as ruas de Belo Horizonte.
Pará - As paraenses fizeram uma caminhada e lotaram as ruas de Belém, com saída da Escadinha do Porto, no início da Presidente Vargas, até a Praça Batista Campos.
Paraíba: As paraibanas lotaram as ruas de João Pessoa e ouviram atentamente todas as mulheres que falaram durante o ato. As mulheres gritam o Fora Bolsonaro em alto e bom som.
Paraná: Pela primeira vez, em Curitiba, a programação do dia 08 de março aconteceu na periferia da cidade. O ato “Mulheres da favela exigem paz” passou pelo bairro Parolin, um das cidades com piores índices de desenvolvimento humano municipal.
Rio Grande do Norte: Mulheres trabalhadoras, brancas, negras, indígenas, do campo e da cidade marchamos contra o feminício, por direitos e contra todas as prisões em Natal. A governadora do estado, Fátima Bezerra (PT), esteve presente.
Santa Catarina: Em Chapecó, no domingo (8) um ato político-cultural pela ampliação dos direitos das mulheres aconteceu na Praça Coronel Bertaso. O evento, organizado pelo Coletivo 8M, contou com Mostra de Economia Solidária organizada pela Fetraf, poesia, música, dança e oficinas.
CUT SC8 de março também teve luta em defesa dos direitos das mulheres em Lages (SC). A atividade aconteceu durante toda a tarde no Parque Jonas Ramos.
CUT SCSão Paulo: Mesmo com muita chuva, não faltaram críticas aos governos federal, estadual e municipal e às posturas conservadoras do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. As trabalhadoras denunciaram o aumento dos casos de feminicídio e os ataques aos direitos sociais e trabalhistas
Sergipe: As mulheres lotaram as avenidas da Orla de Atalaia com a força da cultura. O grupo percussivo ‘Batalá Sergipe’ puxou o cortejo de protesto até o terminal da Atalaia. No trajeto, panfletagem e muita conversa com a população de Aracaju.
Tocantins: As mulheres fizeram ato público na Feira do Setor Aureny I, Região Sul de Palmas.
Outras mobilizações
Em vários estados as mobilizações do 8 de março aconteceram na sexta-feira(6), no sábado (7) e outras na segunda-feira (9).
Dia 6
As mulheres do Amazonas protestaram na parte da tarde, em Manaus, com o mote “Mulher, Democracia, Paz e Trabalho”.
No Espírito Santo, as capixabas fizeram uma caminhada com o mote “Basta de Violências! Mulheres nas Ruas por Direitos”, no Centro de Vitoria.
Dia 7
Rio Grande do Sul: Vários lambs foram colados nas paredes das ruas de Porto Alegre nas primeiras horas do sábado dia 7.
Amapá: As mulheres do Macapá também foram as ruas no sábado em defesa dos direitos e da democracia.
Em Blumenau (SC), as mulheres caminharam pelas ruas do centro e fizeram um ato na Praça Dr. Blumenau lutando por igualdade de gênero, contra o feminícidio e por mais direitos para as mulheres.
Com músicas, cartazes e poesias, mulheres dos movimentos sindical e social ocuparam o Largo Cassanjure e chamaram a atenção de quem passava pelo centro de Caçador (SC).
Dia 9
Pernambuco: Entidades sindicais CUTistas juntamente com movimentos sociais, feministas e populares se mobilizaram na tarde desta segunda-feira (9) no Parque 13 de maio no Recife, na Luta por direitos iguais entre homens e mulheres, por educação e saúde pública, pelo respeito às instâncias democráticas e democracia fazem parte das bandeiras de luta.
Piauí: As mulheres foram às ruas de Teresina para dizer que estão nas ruas na luta por respeito e pedir "Fora Bolsonaro".
Rio Grande do Sul: Após concentração no Largo Glênio Peres, foi realizado um ato unificado na Esquina Democrática seguido de uma marcha até o Largo Zumbi dos Palmares. As comemorações haviam começado neste domingo (8) com panfletagem e atividades culturais na Orla do Guaíba.
Maranhão: Em São Luiz, o ato foi Pela Vida das Mulheres e Contra a Violência e o Autoritarismo por Direitos e Vida digna na Praça Ulisses Guimarães.