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Forças Armadas reservaram R$ 546 mil para comprar botox

Militares negaram que era com fins estéticos

Publicado: 13 Abril, 2022 - 16h06 | Última modificação: 13 Abril, 2022 - 16h19

Escrito por: Redação CUT

© José Cruz/Agência Brasi
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Os escândalos dos gastos das Forças Armadas não acabam nunca. Depois dos 35 mil comprimidos de Viagra, próteses penianas, remédios para calvice e toneladas de picanha e salmão, o Ministério da Defesa vai ter que explicar o empenho de R$ 546 mil para a compra de botox entre os anos de 2018 e 2020.

As informações estão no Painel de Compras do governo federal. Não há informação sobre compra em 2021 no painel. Os dados foram reveladas pelo jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

A toxina botulínica, popularmente conhecida como botox, é famosa por ser usada em procedimentos estéticos, mas também tem outras aplicações. Segundo o Exército, a compra foi destinada para “tratar algumas patologias neurológicas como distonia, doença de parkinson, espasmo miofacial, espasticidade, enxaqueca crônica e neuralgia do trigêmeo, além de queixas odontológicas como distúrbio da articulação temporomandibular”. A Força acrescentou que “não realiza compras desse material para fins estéticos”.

Somente o Hospital das Forças Armadas (HFA) comprou seis frascos em 2018, 15 em 2019, seis em 2020 e, em 2021, estimou que precisaria de 50 frascos da toxina. Isso equivale a cinco mil aplicações, já que há 100 doses em cada frasco.

O Ministério da Defesa não se pronunciou.