Escrito por: Redação CUT
Militares negaram que era com fins estéticos
Os escândalos dos gastos das Forças Armadas não acabam nunca. Depois dos 35 mil comprimidos de Viagra, próteses penianas, remédios para calvice e toneladas de picanha e salmão, o Ministério da Defesa vai ter que explicar o empenho de R$ 546 mil para a compra de botox entre os anos de 2018 e 2020.
As informações estão no Painel de Compras do governo federal. Não há informação sobre compra em 2021 no painel. Os dados foram reveladas pelo jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.
A toxina botulínica, popularmente conhecida como botox, é famosa por ser usada em procedimentos estéticos, mas também tem outras aplicações. Segundo o Exército, a compra foi destinada para “tratar algumas patologias neurológicas como distonia, doença de parkinson, espasmo miofacial, espasticidade, enxaqueca crônica e neuralgia do trigêmeo, além de queixas odontológicas como distúrbio da articulação temporomandibular”. A Força acrescentou que “não realiza compras desse material para fins estéticos”.
Somente o Hospital das Forças Armadas (HFA) comprou seis frascos em 2018, 15 em 2019, seis em 2020 e, em 2021, estimou que precisaria de 50 frascos da toxina. Isso equivale a cinco mil aplicações, já que há 100 doses em cada frasco.
O Ministério da Defesa não se pronunciou.