Escrito por: CUT-PB

Fórum Estadual de Saúde do Trabalhador da PB discute adoecimento dos trabalhadores

Plenária do Fórum Estadual de Saúde do Trabalhador apresentou dados e motivos de adoecimento e morte dos trabalhadores na Paraíba. Profissionais da construção civil, saúde e segurança são as maiores vítimas

Divulgação

Para marcar o Abril Verde, mês de conscientização sobre os riscos dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais, a Secretaria de Saúde do Trabalhador da CUT Paraíba mobilizou os representantes sindicais e trabalhadores para participar da plenária promovida pelo Fórum Estadual de Saúde do Trabalhador, do qual a CUT tem assento, que discutiu e apresentou, na última terça-feira (18), os dados e os motivos do adoecimento e morte dos trabalhadores paraibanos.

O encontro foi realizado na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações da Paraíba (SINTTEL), e reuniu para discussão especialistas e pesquisadores de diversas instituições como UFPB, UEPB, CUT-PB, Cerest, INSS , Superintendência Regional do Trabalho, além das entidades sindicais.

O adoecimento dos trabalhadores tem sido motivo de preocupação recorrente entre as entidades e instituições que fiscalizam e defendem os direitos da classe trabalhadora, principalmente, no pós-pandemia, em que o número de doenças que atingem a saúde mental tem sido crescente e que vem afetando de forma preponderante o cotidiano dos trabalhadores nas empresas.

Através dos dados apresentados, embora subnotificados, conforme informaram os representantes do Ministério do Trabalho e do CEREST, os principais casos de doenças e mortes registrados na Paraíba correlacionadas às atividades laborais estão na categoria de trabalhadores da construção civil, por acidentes de trabalho; os acidentes com materiais biológicos, que atingem os profissionais de saúde e os males que afetam a saúde mental, provocando a violência autoprovação (suicídio). Nessa última situação a categoria profissional com mais incidência citada foi a dos agentes penitenciários.

Os dados mostraram também que existe um número elevado de adoecimento na Paraíba tanto no trabalho formal quanto no informal, mas a incidência ainda pode ser mais alta, porém não se pode calcular exatamente em decorrência da falta de notificações. Como sugestão apresentada na plenária para resolver o problema da subnotificação foi que os sindicatos intensifiquem as orientações para que os trabalhadores passem a perceber e identificar uma doença laboral e apresentem suas demandas às instituições responsáveis.