Frade franciscano deixa Pernambuco para passar um mês na Vigília Lula Livre
Aloísio Fragoso, de 77 anos, aproveitou as férias para ir a Curitiba e prestar solidariedade ao ex-presidente Lula, a quem o religioso classifica como um mito
Publicado: 17 Janeiro, 2019 - 10h31 | Última modificação: 17 Janeiro, 2019 - 11h07
Escrito por: Redação CUT
A fé é simples. A luta também. É assim que o frade franciscano Aloísio Fragoso, 77, pernambucano, interpreta a sua ida até Curitiba, onde passará um mês na Vigília Lula Livre, em apoio e solidariedade ao ex-presidente Lula, que, segundo o religioso, é símbolo de luta, fé e resistência.
"Nós viemos motivados por esse cidadão chamado Lula. Mas não é só o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva. É uma ideia, uma paixão, uma utopia, uma certeza. E isso a gente sente na alma do povo", explicou o frade em entrevista ao jornalista Pedro Carrano, do Brasil de Fato.
Lula se tornou um mito. Não um mito ilusório, mas um mito que procede de sua vida, de suas ações, da realidade concreta e da repercussão que ele tem no coração do povo
"Nós alimentamos esse mito para que ele se torne transformador e libertador. Isso nos trouxe até aqui", completa o frade.
Ao lado de seis militantes de um agrupamento religioso chamado Tenda da Fé, formado há dois anos, frade Aloísio irá passar todo o seu período de férias em frente à sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde o ex-presidente Lula é mantido preso político desde o dia 7 de abril do ano passado, após uma condenação sem crimes nem provas, cujo principal responsável por essa injustiça é hoje ministro da Justiça do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL).
E mesmo diante de toda a injustiça, ânimo e serenidade não faltam ao religioso, a 3 mil quilômetros de casa. Estar ao lado do ex-presidente Lula é o mais importante e simbólico para o frade neste momento. E este gesto dialoga profundamente com a forma de atuar do Tenda da Fé, que utiliza símbolos nas místicas e nos teatros de rua que realizam para passar suas mensagens.
Na capital pernambucana, onde vive há 48 anos, o frade Aloísio, de origem humilde, realiza, além dessas ações nas ruas, trabalhos sociais em parceria com movimentos populares, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e outros movimentos ligados à Frente Brasil Popular.
