Escrito por: Comunicação FUP
Em documento enviado neste domingo à Gerencia de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras, a FUP manifesta preocupação com a segurança dos trabalhadores e da população e cobra medidas imediatas
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) entrou em contato com o serviço de inteligência e segurança corporativa da Petrobras; com o senador Jean Paul Prates, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência da estatal; e com órgãos federais da área de segurança pública, alertando para possíveis atos terroristas também em refinarias da Petrobras em todo o país.
Em documento enviado neste domingo (8), à Gerencia Executiva de Inteligência e Segurança Corporativa (ISC) da Petrobras, a Federação manifesta preocupação com a segurança dos trabalhadores e da população e cobra medidas de segurança imediatas.
“Estes possíveis atos podem colocar em risco os ativos da Petrobras, a integridade física dos trabalhadores destas unidades assim como o entorno destes ativos e comprometer o fornecimento de combustíveis para a população”, alerta a FUP.
“Neste sentido entendemos ser fundamental que a empresa se prepare e acione todos os meios necessários para garantir a segurança dos trabalhadores e das unidades produtivas da empresa e o abastecimento dos mercados”, cobra a entidade.
Os ataques, anunciados pelos terroristas bolsonaristas em suas redes sociais, teriam por objetivo impedir o fornecimento de combustíveis à população. Um dos primeiros alvos anunciados pelos vândalos seria a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro (RJ).
“Gravíssimos os atos terroristas neste domingo (8) em Brasília dos fascistas bolsonaristas, que atacaram a democracia brasileira. Enquanto isso, o então secretário de segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, agora exonerado, estava nos Estados Unidos reunido com Jair Bolsonaro. Torres, o conivente, tem que ser preso, assim como todos os responsáveis pelos crimes”, ressaltou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Situação nas refinarias
Segundo a FUP, foram mapeados pequenos grupos de manifestantes nas proximidades de acesso às refinarias e distribuidoras em São Paulo, Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, mas sem bloqueios ou impacto para a operação das unidades. Forças de segurança presentes.
REVAP (SP)
Na Bavap (Vibra), aproximadamente 30 manifestantes estão presentes e abordam caminhões para que não acessem. Contudo, a PM está presente e atua para garantir o acesso e a segurança dos caminhoneiros. Sem bloqueios.
REGAP (MG), cerca de 5 manifestantes seguem no canteiro central da via de acesso à Regap. PMMG, PRF, CBM presentes. Sem bloqueios.
REDUC (RJ), não há presença de manifestantes. Durante a madrugada, manifestantes foram dispersos. PM e Batalhão Choque presentes.
REPAR (PR); não há presença de manifestantes na refinaria e no pool de Araucária. Durante a madrugada, manifestantes foram dispersos pela PM, que segue presente nas proximidades das instalações. Sem bloqueios.
REFAP (RS), há a presença de aproximadamente 10 manifestantes, que permanecem acampados na rótula em frente à refinaria. PM, PRF e Batalhão de Choque presentes. Sem bloqueios.
Indicado para presidência da Petrobras pede segurança
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) que deve assumir a presidência da Petrobras disse por meio do seu Twiiter que " o presidente em exercício da Petrobras informou que as equipes de segurança foram acionadas, bem como a segurança pública, e que as equipes da empresa reavaliando a situação a cada momento. Preocupação com Reduc, Replan, Revap, Refap, que estão nas postagens de convocação".
Segundo ele, inspira preocupação um conjunto de refinarias que são citadas nas postagens: a Reduc (Refinaria Duque de Caxias, no Rio), Replan (Refinaria de Paulínia, em São Paulo), Revap (Refinaria Henrique Lage ou Refinaria do Vale do Paraíba, também em São Paulo) e Refap (Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul).
Prates disse ter conversado com o Ministro da Defesa Flavio Dino (PSB-MA) e com os governadores de alguns dos estados que poderiam ser afetados por movimentações indevidas em refinarias e terminais, por parte de terroristas e vandalos na sequência dos eventos de Brasília.