Escrito por: Redação CUT
Uma agenda com ações sindicais nos meses de junho e julho foi divulgada pela Federação, que ainda comunicará à categoria a data do início da greve, assim como deliberado pelos petroleiros em assembleias
A greve por tempo indeterminado contra a privatização do Sistema Petrobras foi reafirmada pelas direções sindicais dos petroleiros durante reunião do Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP), realizada nesta terça-feira (12), em Curitiba. Um calendário de ações para os meses de junho e julho foi divulgado e a data do início da greve, deliberada em assembleia pelos trabalhadores e trabalhadoras, ainda será comunicada pela Federação à categoria.
Como parte da agenda permanente de luta em defesa da Petrobras, os petroleiros farão um ato nacional, na segunda quinzena de junho, em apoio à greve do Sindiquímica Paraná contra a privatização da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados (Fafen-PR), cuja venda está em processo de finalização.
Ao longo de julho, ocorrerão atos nacionais da FUP em cada uma das quatro refinarias que também estão em processo de venda: Landulpho Alves (Rlam), na Bahia; Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul; Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná; e Abreu e Lima, em Pernambuco.
As organizações sindicais também irão intensificar a campanha por mudanças na política de preços dos combustíveis durante o período de consulta pública convocado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), que teve início nesta terça-feira (12) e prossegue até o dia 2 de julho.
A FUP e seus sindicatos deliberaram, ainda, que farão uma força tarefa em Brasília para acompanhar o debate em torno da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a política de preços da Petrobras.
BANNERGreve de 72 horas foi vitoriosa
A greve de advertência feita pelos petroleiros no dia 30 de maio foi uma importante etapa na luta em defesa da soberania nacional, avaliaram os dirigentes sindicais que compõem o Conselho Deliberativo.
"Os petroleiros desmascararam a gestão de Pedro Parente, evidenciando sua responsabilidade na imposição de uma política de reajuste dos derivados de petróleo indexada ao mercado internacional, que fez disparar não só os preços do diesel, como também da gasolina e do botijão de gás de cozinha", disseram.
Mesmo diante da decisão arbitrária do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de impor multas milionárias às entidades sindicais, decretando a ilegalidade da greve antes mesmo de seu início, a conclusão da FUP e de seus sindicatos é de que a luta dos petroleiros politizou e ampliou a luta em defesa da soberania energética.
A criminalização da greve, no entanto, requer dos petroleiros novas estratégias de luta, alertam os dirigentes.
Na manhã desta quarta-feira (13), a FUP recebeu do oficial de justiça um Mandado de Citação sobre o Dissídio Coletivo de Greve. A Federação e seus sindicatos já ingressaram com o recurso cabível contra a decisão do TST, ao mesmo tempo em que ampliaram o cuidado contra as práticas antissindicais adotadas pelo governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (MDB-SP) para coibir a mobilização da categoria petroleira.
"Por isso, o Conselho Deliberativo da FUP definiu um amplo calendário de mobilizações para que os petroleiros unifiquem força com outras categorias na luta contra as privatizações e os ataques sofridos pelos trabalhadores de estatais", ressaltaram.
Confira o calendário de luta:
Junho
Julho
Confira o vídeo do coordenador-geral da FUP, Simão Zanardi, sobre o ofício recebido pela Federação:
*Com informações FUP