“Solicitamos aos órgãos que atuem com urgência para impedir a continuidade da espiral de violência no local e garantir a segurança para a comunidade Yanomami de Palimiu”, dizia o documento assinado por Dário Kopenawa Yanomami, vice-presidente da associação.
Este não é o primeiro ataque que a comunidade Palimiu sofre de garimpeiros ilegais. A Hutukara havia enviado há poucos dias um ofício sobre um ataque sofrido em 27 de abril. Armados, oito garimpeiros entraram na TI após os indígenas interceptarem uma carga de quase mil litros de combustível. No episódio, não houve feridos.
“As lideranças estão indignadas com a continuidade da invasão garimpeira em suas terras e com a violência e ameaça praticada pelos invasores. Temendo que novas retaliações por parte dos garimpeiros resultem em mais conflitos violentos e mortes, os indígenas exigem uma resposta dos órgãos públicos para garantir a segurança das comunidades”, cita trecho do ofício da entidade.
Questionado pelo Brasil de Fato sobre a garantia de segurança dos indígenas, o Exército Brasileiro não respondeu. Já a Polícia Federal encaminhou o caso para a assessoria da órgão em Roraima, que também não se pronunciou sobre o caso. A Funai, por sua vez, informou que acompanha o caso junto às forças policiais e que aguarda mais informações, mas que não comenta fatos em apuração.