Escrito por: Rosely Rocha, especial para CUT
Militantes impediram saída do carro de Lula do sindicato. Não querem que o ex-presidente saia e cumpra determinação da Justiça
Por volta das 18h deste sábado, horário marcado para que o ex-presidente Lula cumprisse a ordem de prisão, a senadora e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, apelou aos manifestantes que se concentram na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, para que deixem o carro de Lula sair.
Segundo a senadora, a Polícia Federal deu meia hora para que Lula saia do sindicato, caso contrário o juiz Sérgio Moro decretará a sua prisão preventiva, impedindo a defesa do ex-presidente de pedir um novo habeas corpus, o que poderá deixar Lula preso, por tempo indeterminado.
Gleisi disse aos manifestantes que impediram a saída do carro do ex-presidente uma hora antes que a decisão não era somente dela, nem de Lula, mas sim de todos.
“A coisa que eu mais queria era fechar esse portão e não deixar Lula sair, mas não depende só de mim", apelou a presidenta do PT.
“A resistência está linda. A foto do Lula humilhado e preso não é a foto que vai rodar o mundo. Lula foi carregado nos braços do povo. Mas o nosso objetivo aqui é garantir que Lula possa andar por esse país livre”.
O mesmo apelo foi feito pelo presidente do PT Estadual de São Paulo, Luiz Marinho, e João Paulo, do MST. Todos falaram sobre a responsabilidade que cada um tem de defender Lula e não deixar que ele seja mais prejudicado pela Justiça.