Escrito por: Redação CUT
De acordo com Denise Romano, Coordenadora-Geral do Sind-UTE, profissionais da educação temem por suas vidas, de seus alunos e comunidade escolar.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Partido Novo) anunciou durante coletiva de imprensa realizada na semana passada que à volta as aulas presenciais nas escolas estaduais deverá ser em outubro. As prioridades serão o 3º ano do ensino médio e a educação infantil.
Na coletiva o governo listou algumas medidas de segurança, a possibilidade de trabalho remoto para os que fazem parte do grupo de risco de contrair as formas mais graves do novo coronavírus, como idosos e pessoas com comorbidades, mas os protocolos de reabertura ainda não foram anunciados, o que foi duramente criticado pela Coordenadora-Geral do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sind-UTE MG), Denise Romano, em entrevista à repórter Larissa Costa, da sucursal de MG do Brasil de Fato.
"O governo de Minas apresentou uma data sem apresentar um plano, um protocolo mínimo, sem dizer quais as garantias sanitárias, quais as garantias para os trabalhadores, para a comunidade escolar, para alunos e pais".
De acordo com a sindicalista, o anúncio assustou os profissionais da educação, que temem por suas vidas, de seus alunos e comunidade escolar. "O anúncio do governo traz incertezas e preocupações com a vida, a saúde dos trabalhadores em educação, dos seus familiares, dos alunos e seus familiares", aponta Romano.
Confira aqui a íntegra da entrevista.
Muitos políticos estão com receio
Apesar da curva de novos casos e mortes por Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, ter ficado estável ou em queda em muitos estados e municípios, governadores e prefeitos flexibilizaram o isolamento social, reabriram a economia, mas estão com receio de determinar a volta das aulas presenciais por falta de condições de segurança para a comunidade escolar ou por pressão de professores e pais de alunos.
Maioria das escolas segue sem aulas presenciais por causa da Covid-19
Muitas escolas não tem sequer bebedouros ou espaço suficiente nas salas de aula para que os alunos mantenham o distanciamento de pelo menos um metro e meio recomendado para Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar a propagação do vírus.
E a segunda onda da pandemia que já assusta a Europa é outra preocupação de todos.
No Amazonas, onde a segunda onda da pandemia já é uma realidade, o governador Wilson Miranda Lima, do PSC, determinou a volta as aulas presenciais do ensino médio em agosto e apenas 20 dias após o retorno, o estado registrava 342 professores infectados com Covid-19.
No Amazonas, 342 professores testataram positivo 20 dias após volta às aulas presenciais
Em defesa da vida, CUT-SP reitera que é contra a volta às aulas