Escrito por: Redação CUT

Governador de SP rompe acordo para liberar catracas do Metrô, acusa sindicato

Na manhã desta quinta, com a operação paralisada pela greve da categoria, a direção do Metrô enviou um ofício ao sindicato para negociar a liberação das catracas. Depois, voltou atrás

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Depois de recuar e aceitar proposta do Sindicato dos Metroviários de São Paulo de manter a operação do Metrô com a catraca liberada como forma de protesto na luta por direitos, o governo de Tarcísio Freitas (Republicanos) voltou atrás mais uma vez e rompeu o acordo, acusam os metroviários.

Na manhã desta quinta-feira (23), com a operação totalmente paralisada pela greve da categoria, a direção do Metrô enviou um ofício ao sindicato para negociar a liberação das catracas. O documento questiona em quanto tempo 100% dos funcionários conseguem voltar a trabalhar. 

Às 8h, os metroviários estavam em seus postos de trabalho, mas as portas das estações não foram abertas.

"Não estão abrindo as estações agora por culpa do governador, que quer romper o acordo que fez com a população de abrir o metrô com a catraca livre", afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Metroviários, Narciso Soares, ao UOL.

A Justiça do Trabalho, que havia aprovado o acordo de liberação das catracas, também voltou atrás e  determinou que os metroviários trabalhem com efetivo de 80% no horário de pico e de 60% nos demais horários. O desembargador Ricardo Apostólico Silva estipulou multa diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento. Ainda não há previsão de quando as linhas paralisadas voltarão a operar.

Por que os metroviários de SP estão em greve

categoria entrou em greve nesta quinta-feira (23)  reivindicando o pagamento da Participação nos Resultados (PRs) de 2020, 2021 e 2022, que não foram pagas pelo Metrô; a contratação de mais trabalhadores por meio de concurso público para todas as áreas do Metrô que estão com falta de mão de obra; e por mais investimentos.