MENU

Governador do RS quer privatizar a CEEE-D com preço mínimo de R$ 50 mil

Governo de Eduardo Leite publicou edital para privatização da companhia elétrica do estado com regras para alienação do controle da CEEE-D, por meio da oferta de um loie único de cerca de R$ 44.900

Publicado: 08 Dezembro, 2020 - 14h51 | Última modificação: 08 Dezembro, 2020 - 14h56

Escrito por: CUT-RS

Claudio Fachel/Palácio Piratini
notice

O Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul publicou, nesta terça-feira (8), o edital para a privatização da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) e o aviso de leilão da empresa, segundo reportagem de Marco Weissheimer, do Sul21.

De acordo com a matéria, o edital, assinado pelo secretário estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur de Lemos Júnior, estabelece as regras para a alienação do controle da CEEE-D, por meio da oferta de um lote único aproximado de R$ 44.996.190,  bem como de ações ordinárias e preferenciais de, no mínimo, 65,92% do capital social total da CEEE-D.

O edital também estabelece que o valor econômico mínimo para as propostas será de 50 mil reais, diz o texto, que segue, pontuando: A data da entrega das propostas está marcada para o dia 29 de janeiro de 2021, das 9h às 12h, na B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão, em São Paulo. A sessão pública do leilão com a abertura das propostas ocorrerá no dia 3 de fevereiro de 2021, no mesmo local. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, foi designada pelo governador Eduardo Leite (PSDB) como responsável pela execução e acompanhamento do processo de privatização da CEEE-D.

Segundo o repórter, a bancada do PT na Assembleia Legislativa encaminhou, no dia 19 de novembro, ao procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo da Camino, um documento com a denúncia de que todo o patrimônio da CEEE-D será vendido por um valor muito abaixo do que vale ao mesmo tempo em que o Estado, governado por Eduardo Leite (PSDB) abre mão de impostos e investe grande montante de recursos públicos para viabilizar a transação.

O documento assinado pelos deputados Edegar Pretto, Fernando Marroni, Jeferson Fernandes, Luiz Fernando Mainardi, Pepe Vargas, Sofia Cavedon, Valdeci Oliveira e Zé Nunes, aponta problemas no modelo adotado para a alienação, que indicam, possível ocorrência de irregularidades administrativas, com prejuízos ao patrimônio público. Os parlamentares petistas manifestaram surpresa com o anúncio de que o preço de venda terá um valor mínimo de R$ 50.000, afirma o repórter.

“No primeiro momento imaginamos que tínhamos ouvido mal o valor, mas é isso mesmo. Queremos ouvir que tipo de procedimento podemos ter por parte do MPC, uma vez que há nítida desistência de valores e para o povo gaúcho resta a preocupação com a prestação de serviços e tarifas pelos próximos 30 anos”, afirmou o deputado Jeferson Fernandes ao Sul21.

Confira aqui a íntegra da matéria.